De acordo com o Instituto
Fecomércio RN (IFC), ainda que o movimento mostre sinais de recomposição da
capacidade de pagamento — impulsionado por renda, emprego e renegociações — o
nível de endividamento permanece alto: 83,8% das famílias tinham dívidas a
vencer no mês, totalizando cerca de 226.031 lares.
A análise do IFC aponta que a
sequência de quedas anual e mensal indica melhora da capacidade de ajuste das
famílias, seja por renda, renegociação ou mudança de mix de crédito.
O levantamento aponta outras
variáveis que explicam o quadro local: o atraso médio nas contas é de 42,6
dias, o prazo médio das dívidas é de 7,7 meses e 34,1% da renda familiar está
comprometida com pagamentos. No recorte por renda, famílias com até 10 salários
mínimos apresentam endividamento de 85,8% — patamar que concentra maior risco e
limita espaço para choques de preços ou juros.
O presidente do Sistema
Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, destaca que, apesar do avanço, cada ponto
percentual equivale a aproximadamente 2,7 mil famílias, o que mantém a
necessidade de monitoramento contínuo das condições de renda e do comportamento
do crédito, sobretudo no estrato até 10 salários-mínimos.
“Com inadimplência recuando e
renda comprometida elevada, o consumo tende a migrar para itens essenciais e
praças com mais competição de preço; bens duráveis podem reagir seletivamente,
condicionados
a prazo e parcelamento”,
explica Marcelo Queiroz.
Tribuna do Norte
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