O líder do PL, deputado
estadual Tomba Farias, criticou o fato de ministros da 1ª Turma da Suprema
Corte não terem declarado suspeição para julgar uma suposta tentativa de golpe:
“A justiça hoje julga de acordo com o que ela quer. Se não estamos vivendo uma
ditadura, eu gostaria de entender como é que um juiz (Cristiano Zanin) que está
julgando o ex-presidente Bolsonaro era o advogado do presidente Lula. Outro que
está julgando o ex-presidente Bolsonaro é o ministro Dino que vestia a camisa
de Lula e chamava Bolsonaro de corrupto e ladrão”.
Tomba Farias também se contrapôs, no decorrer da sessão da quarta-feira (10),
declarações do líder do governo do Estado, Francisco do PT, de que durante o
governo Bolsonaro havia fome no país. “Se o deputado Francisco não está sabendo
que o povo do Rio Grande do Norte está passando fome, convido ele para andar
comigo para ver o que o povo está comendo. O povo cansou de esperar a picanha e
a cerveja que Lula prometeu”, comparou.
O parlamentar municipalista destacou também que a luta do Partido Liberal e das
demais forças de direita “é para evitar que a implantação da ditadura no Brasil
aconteça. A esquerda quer transformar a história do Brasil numa Venezuela”.
Farias entende que o ex-presidente Bolsonaro está sendo julgado por um crime
que não cometeu. “Como vai se falar em golpe de estado se ninguém tinha uma
bazuca , uma metralhadora, não tinha nenhum tipo de arma?”, questionou,
acrescentando: “ O MST invadiu o Congresso Nacional, quebrou tudo, com foi
foice e tudo mais, e não foi ninguém preso até hoje”.
Ainda direcionando críticas ao Judiciário brasileiro, o deputado disse que a
justiça, no passado recente, “soltou um ladrão” e agora tenta prender um “homem
honesto e digno.”
Para o líder do PL o país “está vivendo em plena ditadura, implantada por este
partido (PT), inclusive, a dificuldade que tinha de caminhar e resolver os
nossos problemas juridicamente nesse país acabou”.
O deputado Coronel Azevedo (PL) somou-se às declarações do companheiro de
partido, elogiando a postura do ministro Luiz Fux, que votou pela nulidade de
todo o processo que “muitos chamam de farsa da trama golpista”, levantando a
preliminar de incompetência do Supremo Tribunal Federal para julgar Jair
Bolsonaro, que “não se encaixa no que determina a Constituição Federal”.
Coronel Azevedo criticou o STF ao mudar entendimentos da lei e sem interpretar
“a lei que é a vontade do povo expressa por seus representantes. O Congresso
escreveu a Constituição e não vale o texto da lei, vale a interpretação que a
cada momento os togados, a sua bel-conveniência, vai dando ao longo do tempo”.
A deputada Terezinha Maia (PL) disse que Jair Bolsonaro “tem a marca de melhor
presidente do Brasil e para os municípios, a esquerda quer eliminá-lo, porque
sabe que ele é muito forte” para a disputa presidencial em 2026.
O deputado Adjuto Dias (MDB) também acompanhou o posicionamento de Tomba
Farias, que foi contestado por Francisco do PT em virtude da alegação de o país
está vivenciando uma ditadura: “É interessante a relativização das
circunstâncias e das situações e como cada um molda seu pensamento à narrativa
que lhe convém”.
Adjuto Dias alertou que “em tempos passados, até na época da Guerra Fria houve
realmente uma ditadura miliar no Brasil, mas haviam esses guerrilheiros que
atentaram contra a vida de outras pessoas, sequestraram embaixadores e
assaltaram bancos, tudo pra financiar a colocação de um outro regime contrário,
não era lutando pela democracia, ninguém ali lutava pela democracia não.”.
O deputado Francisco do PT dizia que o presidente Lula e vários segmentos da
sociedade “lutaram por anistia para quem foi perseguido por uma ditadura
militar implantada no país, é diferente de hoje. Os que estão querendo anistia
hoje são os que queriam aplicar um golpe para perseguir um setor da sociedade e
para implantar uma ditadura”.
“É uma comparação descabida. Anistia para quem foi perseguido e anistia para
quem queria dar um golpe”, arguia Francisco, para quem “o problema é que
Bolsonaro perdeu a eleição e não quis admitir. Ficou botando culpa em urna
eletrônica. A mesma que elegeu o governador de São Paulo, Tarcísio.”.
Tribuna do Norte
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