quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Campanha Setembro Roxo conscientiza sobre a fibrose


Neste mês, a campanha Setembro Roxo se dedica à conscientização sobre a fibrose cística, uma doença genética, hereditária e crônica que afeta principalmente os sistemas respiratório e digestivo. De acordo com o pneumologista Ricardo José Fonseca, do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), unidade vinculada à Ebserh, são acompanhados atualmente em torno de 40 pacientes no Centro de Fibrose Cística da instituição. A doença não tem cura, mas segundo o médico, o uso de um medicamento incorporado ao Sistema Único de Saúde em 2023 tem revolucionado o tratamento dos pacientes.

O remédio em questão é o Trikafta. “É um medicamento composto por três substâncias que fazem a correção de um defeito na membrana citoplasmática nos casos de fibrose cística. O remédio mudou de forma extraordinária a evolução da doença. Pacientes que antes se internavam duas vezes por ano deixaram de ser internados. Outra vantagem foi que eles ganharam peso e deixaram de utilizar vários outros medicamentos, como antibióticos e mucolíticos”, frisa Ricardo Lourenço.

Ele explica que a fibrose cística acontece, na maioria das vezes, na infância. Os principais sintomas são tosse e expectoração. “Geralmente ocorre em crianças que fazem pneumonia de repetição com menos de 6 meses, que têm dificuldade de ganho de peso, bem como altura abaixo do limite da normalidade”, afirma o médico. Segundo ele, diante dos sintomas, os responsáveis costumam ir em busca de atendimento pediátrico para os pequenos.

“Quando se observam alterações nesse procedimento, a orientação é que se faça um teste genético para o diagnóstico final”, fala o pneumologista. Outro modo de detectar a doença é por meio do teste do pezinho, exame que tem facilitado o diagnóstico precoce. Os pacientes com fibrose cística costumam ter diarreia crônica relacionada à má absorção dos alimentos.

Tribuna do Norte

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