quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Influenciadoras do ‘jogo do tigrinho’ são alvo de operação que bloqueou R$ 2 milhões e imóveis no RN


A Polícia Civil do Rio Grande do Norte deflagrou nesta quarta-feira (10) a Operação Viúva Negra, voltada à investigação de atividades ligadas a jogos de azar e lavagem de dinheiro. A ação foi conduzida pela Delegacia Especializada na Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (DECCOR-LD).

Segundo informações da corporação, foram cumpridas medidas cautelares que resultaram no bloqueio judicial de aproximadamente R$ 2 milhões em contas bancárias, além do sequestro de quatro imóveis em Parnamirim e Mossoró, e da apreensão de veículos de médio e alto padrão. Também foram recolhidos documentos, equipamentos eletrônicos e outros materiais considerados relevantes para o inquérito.

As investigações tiveram início a partir de relatórios da Delegacia de Combate à Corrupção e de comunicações encaminhadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). De acordo com a polícia, foram identificadas movimentações financeiras consideradas incompatíveis com a renda declarada de pessoas investigadas, além da aquisição de bens de luxo e imóveis pagos em espécie.

A apuração aponta que os suspeitos utilizavam plataformas virtuais de jogos de azar, conhecidas popularmente como “jogo do tigrinho”, divulgadas em redes sociais. O modelo de atuação incluía a divulgação por influenciadoras digitais, que, segundo a investigação, utilizavam conteúdos com apelos visuais e ostentação de padrão de vida elevado para atrair seguidores às plataformas.

O inquérito também indica que os valores movimentados eram rapidamente convertidos em bens ou transferidos por meio de empresas de fachada e serviços de pagamento, em possível tentativa de ocultação de patrimônio.

A operação contou com o apoio de equipes da DEICOR, do 2º Núcleo de Investigação Qualificada, da 51ª Delegacia de Polícia de Jucurutu, da 73ª Delegacia de Umarizal, da 7ª Delegacia Regional de Patu e da 3ª Delegacia Regional de Caicó.

O caso segue em investigação.

Tribuna do Norte

0 comentários:

Postar um comentário