Na nota, o Itamaraty diz que o
governo repudia qualquer interferência de outros países na soberania
brasileira.
"O primeiro passo para
proteger a liberdade de expressão é justamente defender a democracia e
respeitar a vontade popular expressa nas urnas. É esse o dever dos três Poderes
da República, que não se intimidarão por qualquer forma de atentado à nossa
soberania. O governo brasileiro repudia a tentativa de forças antidemocráticas
de instrumentalizar governos estrangeiros para coagir as instituições
nacionais", diz o comunicado.
Estados Unidos
A secretária de imprensa da
Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que o governo
norte-americano considera a liberdade de expressão uma prioridade máxima,
citando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Não tenho nenhuma ação
adicional [contra o Brasil] para apresentar a vocês hoje. Mas posso dizer que
esta é uma prioridade para o governo. E o presidente [Donald Trump] não
tem medo de usar o poderio econômico e militar dos Estados Unidos da América
para proteger a liberdade de expressão em todo o mundo", disse a
porta-voz, conforme informou a agência Reuters.
"Conspiração da família
Bolsonaro"
Em discurso em Manaus, o
presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda citou o julgamento no Supremo
Tribunal Federal em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu por tentativa de
golpe de Estado.
Lula considerou que o país
vive um momento delicado.
“Ele sabe que cometeu as
burrices que cometeu (...) Esses caras tiveram a pachorra de mandar gente para
os Estados Unidos para falar mal do Brasil e para condenar o Brasil”, criticou
Lula.
A ministra de Relações
Institucionais, Gleisi Hoffman, criticou a declaração do governo dos Estados
Unidos sobre uso da força.
Em uma postagem nas redes
sociais, a ministra afirmou que chegou ao "cúmulo" a
"conspiração da família Bolsonaro contra o Brasil", apontando para a
articulação conduzida pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro para que os EUA
sancionem o Brasil.
"Não bastam as tarifas
contra nossas exportações, as sanções ilegais contra ministros do governo, do
STF e suas famílias, agora ameaçam invadir o Brasil para livrar Jair Bolsonaro
da cadeia. Isso é totalmente inadmissível'", disse a ministra.
Julgamento
A Primeira Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF) retomou hoje o julgamento de Jair Bolsonaro e mais sete
réus pela trama golpista. Os ministros Alexandre de Moraes, relator da ação penal, e
Flávio Dino votaram pelas condenações. Faltam três votos.
A sessão foi suspensa e será
retomada amanhã (10) para o voto dos ministros Luiz Fux, Cármen Lúcia e
Cristiano Zanin.
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