"As investigações indicam
que o grupo criminoso utilizava técnicas sofisticadas de lavagem de dinheiro,
com movimentações financeiras em criptomoedas e remessas internacionais,
voltadas à ocultação da origem ilícita dos valores e à dissimulação patrimonial",
explica a PF em nota à imprensa.
Ao todo 19 mandados de busca e
apreensão foram cumpridos, para obter mais informações sobre a rede criminosa e
capturar bens da organização criminosa. Os alvos estavam relacionados
principalmente à contabilidade e nacionalização dos recursos.
Os mandados de busca e
apreensão foram em cidades de quatro estados, sendo um em Itajaí (SC), quatro
em Mogi das Cruzes (SP), três em São Paulo, três em Santos (SP), dois em
Barueri (SP), dois em Bertioga (SP), um em Birigui (SP), um em Igaratá (SP),
além de um no Rio de Janeiro e um em Lagoa Santa (MG). Entre as 11 prisões, uma
foi realizada na Alemanha, com apoio da polícia local.
Na operação, a PF afirmou ter
indícios que parte dos recursos obtidos com o tráfico estava sendo usado para
regularizar empresas de bets. A lavagem utilizou ainda criptomoedas e
pagamentos internacionais para esconder a origem dos recursos.
Desdobramento
Essa operação foi um
desdobramento da apreensão de um veleiro brasileiro pela marinha dos Estados
Unidos, em fevereiro de 2023. Investigada, ela revelou uma rota de tráfico
naval entre a América do Sul e a Europa, tanto em sua face operacional quanto
em suas estratégias de lavagem e nacionalização do dinheiro.
A primeira operação, chamada
de Narco Vela, envolveu mais de 300 policiais federais e 50 policiais militares
do estado de São Paulo. Na ocasião, foram cumpridos 35 mandados de prisão e 62
mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 5ª Vara Federal de
Santos, nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Pará e Santa
Catarina, com bloqueio e apreensão de bens de cerca de R$ 1,32 bilhão.
Agência Brasil
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