quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Comerciantes terão acesso a linha de crédito para balanças certificadas

Foto:Magnus Nascimento
Comerciantes e feirantes do Rio Grande do Norte poderão financiar balanças aprovadas pelo Inmetro por meio do programa Balança Segura RN. A linha de crédito, criada pelo Ipem-RN em parceria com a Agência Desenvolve RN, prevê até R$ 12 mil para pessoas físicas e até R$ 21 mil para microempreendedores individuais (MEI).

O programa Balança Segura RN é uma parceria do Instituto de Pesos e Medidas do Rio Grande do Norte (Ipem-RN) com a Agência Desenvolve RN. A iniciativa foi sancionada pela Lei nº 12.442 e publicada no Diário Oficial do Estado do RN, em 1º de outubro. O objetivo do programa é combater balanças irregulares ou sem certificação no estado, ou seja, sem aprovação do Inmetro. A iniciativa busca oferecer uma linha de crédito com condições atrativas para os comerciantes e feirantes de todo o RN.

“É um projeto que tem uma abrangência social, eu diria, uma justiça social muito grande. É justiça para o consumidor, transforma um problema numa solução muito interessante. A gente sabe que os feirantes não são comerciantes de grande poder financeiro, mas geralmente os feirantes são pessoas que têm poder financeiro baixo, que vivem disso, que sustentam as suas famílias daquelas vendas que eles fazem nas feiras pelo Rio Grande do Norte todo”, destaca o diretor-geral do Ipem-RN, Itamar Ciríaco.

A parceria com a Desenvolve RN traz a linha de crédito para que o comerciante ou feirante possa adquirir uma balança regulada pelo Inmetro. Serão disponibilizados até 21 mil reais para os microempreendedores individuais (MEI) e, para os comerciantes que usam apenas CPF, poderão contar com um limite de até 12 mil reais. Como ponto de destaque, o comerciante que aderir ao crédito com a Agência Desenvolve RN poderá parcelar em opções de 12, 24 ou até 36 vezes. O empreendedor que paga em dia contará com uma parcela sem juros, independentemente da quantidade de parcelas.

A diretora-presidente da Agência Desenvolve RN, Márcia Maia, explica que no momento o programa está em processo de regulamentação e, após o processo, será anunciada a forma como os comerciantes e feirantes potiguares poderão aderir ao programa. “Dentro da regulamentação, vai ter todos esses detalhes, que são tudo que se precisa para que o comerciante, o feirante possa aderir ao programa e também a forma de aderir”, explica Márcia.

O início prático do programa está previsto para três meses. Itamar revela que está sendo fechado ainda mais um parceiro para o programa, que contribuirá com uma redução no valor de mercado dos preços das balanças. “Junto com a Abrapen, a gente vai conseguir uma redução nos valores de mercado dos preços dessas balanças, para que esses feirantes e comerciantes em geral possam ter acesso a essas balanças ainda mais baratas. Mas eu acredito que no máximo até talvez janeiro, fevereiro a gente esteja com tudo funcionando a pleno vapor”, detalha.

Itamar destaca a importância do programa chegar a todo o estado. “Natal, por exemplo, tem 20 feiras livres, hoje em dia há cerca de 3.000 feirantes só em Natal. Eu não tenho esse número do Rio Grande do Norte, mas só em Natal são 3.000 feirantes nas 10 feiras espalhadas pela cidade, multiplica isso aí por 167 municípios. Municípios grandes, por exemplo, como Caicó, Mossoró têm mais de uma feira. Então você vai ter aí algo em torno de 10.000 feirantes, talvez mais, no Rio Grande do Norte todo”, pontua o diretor-geral do Ipem-RN.

Em fiscalização do Ipem, os comerciantes e feirantes que usam balança irregular ou sem certificado têm a balança apreendida pelo órgão. Já os comerciantes que tenham a balança descalibrada, o Ipem os notifica com um prazo para regulamentar a balança. O diretor-geral do Ipem revela que as balanças irregulares são adquiridas de forma mais barata na internet devido a uma crise social e econômica que foi resultado da pandemia. “Você tem uma crise econômica, uma crise social, por causa de uma pandemia. Ele vai pegar uma balança que é a referida, que é a original, que passou pelo crivo do Inmetro, que custa, por exemplo, R$ 1.000,00, ou ele vai pegar na internet uma balança que custa 300, 400, 500 reais? Principalmente um comerciante pequeno”, pontua Itamar.

Tribuna do Norte

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