Em nota, a pasta informou que
a medida tem como objetivo conter surtos de hepatite A na população adulta,
além de atender a uma mudança no perfil epidemiológico da doença. De acordo com
o ministério, com a ampla vacinação de crianças, iniciada em 2014, a doença
passou a se concentrar no público adulto.
A expectativa é que a
ampliação da vacinação tenha impacto também nas internações e nos óbitos por
hepatite A, já que os casos graves, geralmente, são registrados entre
adultos. A meta é imunizar 80% de todas as pessoas que utilizam PrEP –
atualmente, mais de 120,7 mil cadastrados no Sistema Único de Saúde (SUS).
A imunização será realizada
por meio de duas doses, com intervalo de seis meses entre elas. Para
receber o imunizante, é preciso apresentar a receita médica que indica o uso da
PrEP. O local para vacinação será informado pelos serviços de referência onde
os medicamentos são retirados.
Doença
A hepatite A é uma inflamação
no fígado causada por uma infecção viral, que pode resultar em complicações. A
doença, segundo o ministério, tende a ter mais gravidade em adultos do que em
crianças.
Embora a principal transmissão
do vírus seja fecal-oral, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou, em
2016, um aumento no número de casos relacionados a práticas sexuais. A entidade
indica a vacinação como estratégia de prevenção contra a doença.
No Brasil, o aumento de casos
de hepatite A por potencial transmissão por sexo, de acordo com dados do
governo federal, foi identificado, pela primeira vez, em 2017, no município de
São Paulo. Na época, foram 786 diagnósticos com dois óbitos confirmados.
“Outros surtos foram
registrados posteriormente, com predominância na população de homens que fazem
sexo com homens. Atualmente, cerca de 80% dos usuários da PrEP têm esse perfil.
Os surtos foram controlados com ajuda de ações específicas de vacinação”, destacou
a pasta.
Agência Brasil

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