Entre os setores que mais
contribuíram para a retração de março estão a agricultura, pecuária, produção
florestal, pesca e aquicultura, que perderam 2.116 postos no mês, e a indústria
geral, com saldo negativo de 605 vagas.
Apesar dos dados negativos, alguns setores apresentaram crescimento, mas o
desempenho não foi suficiente para reverter o saldo geral. São eles: Construção
(+490) e Serviços (+314). O comércio fechou com estabilidade, com apenas 1 vaga
fechada.
No recorte dos últimos 12 meses — de abril de 2024 a março de 2025 — o estado
apresenta desempenho mais robusto, com saldo acumulado de 31.372 vagas formais.
No período, foram contabilizadas 249.183 admissões e 217.811 desligamentos, o
que representa uma variação positiva de 6,21% no estoque total de empregos com
carteira assinada no estado.
Março de 2025 teve o pior desempenho para o emprego formal no Rio Grande do
Norte desde o início da pandemia, em 2020, quando 3.041 vagas foram encerradas
em um único mês. No mesmo período do ano passado, o saldo havia sido positivo,
com 1.545 novos postos de trabalho. Já em fevereiro deste ano, o estado havia
registrado crescimento, com 2.629 vagas criadas.
O resultado negativo de março acompanha o cenário observado em grande parte do
Nordeste, que encerrou o mês com 13.199 vagas a menos. Apenas três estados da
região apresentaram crescimento no emprego formal: Bahia, Maranhão e Piauí. Os
demais, incluindo o Rio Grande do Norte, registraram retração.
Brasil tem saldo positivo
O Brasil encerrou o mês de março com saldo positivo de 71.576 empregos com
carteira assinada, conforme o balanço do Novo Caged. O resultado decorreu de
2.234.662 admissões e de 2.163.086 desligamentos.
Em março do ano passado, o saldo positivo foi de 244.315 empregos. Segundo o
ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a diferença pode ser explicada
pelo fato de o carnaval deste ano ter caído em março, em vez de ser em
fevereiro, como normalmente ocorre.
No acumulado do ano (janeiro/2025 a março/2025), o saldo foi de 654.503
empregos, resultado de 7.138.587 admissões e 6.484.084 desligamentos.
Segundo Marinho, os resultados do Caged de março são uma sinalização para a
possibilidade de redução da taxa de juros no país. Atualmente, a Selic, juros
básicos da economia, está em 14,25% ao ano. A próxima reunião do Comitê de
Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) será na semana que vem.
“De repente isso deixa o povo do Banco Central feliz, quem sabe eles possam com
isso tirar o pé do freio da contenção e liberar a economia para funcionar
melhor. Está na hora de falar em parar de aumentar a taxa Selic e falar em
reduzir a taxa Selic. Essa é a mensagem do mercado de trabalho”, disse.
Tribuna do Norte

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