Também queria explicações de Eduardo
Tagliaferro, ex-assessor de Moraes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), sobre
ameaças de morte contra o ex-assessor.
Por se tratar de convite, Moraes não era obrigado a comparecer.
Presidente da comissão, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que, por meio de seu
advogado, Tagliaferro sugeriu uma nova data para a audiência e pediu que possa
falar virtualmente. Flávio não disse se Moraes enviou uma justificativa pela
ausência.
CRÍTICAS AO GOVERNO
O senador Magno Malta (PL-ES)
afirmou que o advogado de Tagliaferro havia dito que o ex-assessor
compareceria, mas depois recuou. Criticou Alexandre de Moraes e o chamou de
“figura impoluta, nojenta, que afronta esse país, o faraó, o Nero do Brasil”.
“Nem para dizer: Olha, cambada de otários, não vou’”, declarou Malta.
Já o senador Eduardo Girão (Novo-CE) falou que a ausência de Moraes desrespeita
o Senado. “Ele [Moraes] é convidado para participar de debates, trocar ideias
sobre o segredismo em tribunais superiores no Brasil, decisões nada
republicanas, e ele não atende a este Senado.
Desqualifica, diminui este Senado”, disse Girão.
GLENN GREENWALD
O jornalista Glenn Greenwald, autor das reportagens publicadas pela Folha de
S.Paulo que revelaram os áudios, afirmou que os ex-assessores de Moraes no TSE
responsáveis pelas informações sabiam que estavam infringindo as regras.
Segundo ele, os áudios mostravam a preocupação dos ex-assessores.
“Diziam: ‘Meu Deus, se isso for divulgado, não está certo’ […] Eles queriam
esconder o que estava acontecendo”, falou o jornalista durante a sessão da
Comissão de Segurança Pública na quarta-feira (30).
Greenwald disse que Moraes “abusou dos poderes do TSE” ao usar informações do
Tribunal que não teriam relação com as eleições. Citou o exemplo de um protesto
em Nova York (EUA) contra o STF, em que o ministro teria acionado o TSE.
Tribuna do Norte

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