Também foram decretadas
medidas cautelares, como a suspensão das atividades profissionais de dois
contadores investigados e a inabilitação de seus certificados digitais. Ao
todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em residências,
estabelecimentos comerciais e em um escritório de contabilidade ligado ao
grupo.
A ação foi realizada em estabelecimentos localizados em shoppings da capital
potiguar, residências dos investigados e em um escritório de contabilidade
vinculado ao grupo. Um casal, apontado como principais articuladores, foi preso
e diversas lojas foram interditadas, com suspensão imediata das atividades. A
denominada “Operação Fechamento” foi deflagrada nesta quinta-feira (8) As
investigações da Delegacia Especializada na Investigação de Crimes Contra a
Ordem Tributária (DEICOT) apontam que o grupo utilizava ao menos 45 CNPJs
diferentes para fracionar o faturamento, ocultar a real estrutura de gestão e
evitar a migração para regimes tributários mais rigorosos. A estrutura
empresarial era mantida por meio de interpostas pessoas – os chamados
“laranjas”, entre familiares e funcionários – que figuravam formalmente como
sócios, com o objetivo de dificultar a responsabilização dos verdadeiros
gestores.
Entre os mecanismos fraudulentos empregados, destacam-se a abertura sucessiva
de empresas em endereços já utilizados por unidades inativas ou endividadas; o
uso de residências como sedes formais; reiterados parcelamentos fiscais
cancelados por inadimplência; dissoluções fraudulentas; possível ocultação
patrimonial; e a manipulação contábil por meio de escritórios vinculados ao
grupo.
A operação contou com a participação de 50 policiais civis das unidades da
DECCOR-LD, da DEICOR e da DPGRAN, além de dez equipes de auditores da Sefaz e
peritos do Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP/RN). O nome Fechamento
faz alusão ao encerramento das atividades fraudulentas.
Tribuna do Norte

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