Apesar da redução, o
endividamento na capital potiguar segue acima da média nacional, que ficou em
77,6%. A inadimplência, por outro lado, apresentou recuo mais significativo.
Caiu de 55,9% em abril de 2024 para 36,4% neste ano, sinalizando uma melhora no
equilíbrio financeiro das famílias. Ainda assim, o índice permanece superior à
média nacional, de 29,1%.
O principal vetor de endividamento em Natal continua sendo o cartão de crédito,
citado por 80,6% das famílias — índice que supera a média das capitais
nordestinas. Carnês (19,2%) e cheque especial (10%) vêm em seguida, seguidos
por financiamento de imóvel (8%) e crédito consignado (7,6%).
Em termos de inadimplência, o tempo médio de atraso ficou em 42 dias, e 44,3%
dos inadimplentes estão com contas vencidas entre 30 e 90 dias. Embora apenas
1,8% das famílias declarem não ter condições de quitar os débitos — menor
índice para meses de abril desde 2010 e abaixo da média nacional de 12,4% —,
42% veem mais da metade da renda comprometida, limitando o consumo e a
poupança.
“Ainda que o nível de endividamento se mantenha elevado, a expressiva redução
da inadimplência em Natal reflete a resiliência das famílias diante de custos
de crédito elevados e inflação persistente. Esses números demonstram que, com
educação financeira e políticas de renegociação, podemos avançar rumo a um
cenário mais sustentável para o consumo local”, afirma o presidente do Sistema
Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
A Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic)
registrou alta no endividamento das famílias brasileiras em abril. Segundo o
levantamento da CNC, 77,6% dos lares declararam possuir algum tipo de dívida,
patamar superior ao mês de março (77,1%). Ainda assim, o percentual é menor que
em abril do ano passado, quando chegou aos 78,5%.
O dado mais preocupante, no entanto, é a elevação da inadimplência. O
percentual de famílias com dívidas em atraso atingiu 29,1%, retornando ao nível
observado em janeiro deste ano. Além disso, também cresceu o número de famílias
que afirmam não ter condições de quitar suas dívidas atrasadas. O índice, que
em abril de 2024 estava em 12,1%, atingiu os 12,4%, o maior valor desde o
início do ano.
NÚMEROS
77,6%
É o índice de endividamento das famílias brasileiras em abril de 2025, de
acordo com a Peic
29,1%
É o percentual de famílias inadimplentes no Brasil, mesmo nível de janeiro de
2025
Tribuna do Norte

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