De acordo com a empresa, foram
testados com sucesso a integração de sistemas essenciais da aeronave, como o
conceito de fly-by-wire (sistema de controle de voo por computador) de quinta
geração e os rotores dedicados exclusivamente ao voo vertical.
No voo, a aeronave fez o
chamado hover flight, quando o equipamento permanece imóvel no ar sobre um
ponto fixo no solo, mantendo altitude e posição constantes, exigindo precisão
de controle para equilibrar sustentação e peso.
A partir de agora, a Eve
irá expandir gradualmente os testes até atingir, com a aeronave, voos
totalmente sustentados pelas asas (wingborne flight) durante o ano de 2026.
“O protótipo se comportou
exatamente como previsto pelos nossos modelos. Com estes dados, ampliaremos o
envelope da aeronave e avançaremos para o voo de transição sustentado pelas
asas de maneira disciplinada, aumentando para centenas de voos ao longo de 2026
e construindo o conhecimento necessário para a certificação de tipo”, destacou
o Chief Technology Officer da Eve, Luiz Valentini.
De acordo com o Chief Product
Officer da empresa, Jorge Bittercourt, o voo mostra confiabilidade, eficiência
e simplicidade da aeronave.
“Validamos elementos críticos,
desde nossa arquitetura de rotores sustentadores até a mecânica de voo da
aeronave, e agora seguimos para a fase de testes em voo com foco em evoluir a
maturidade do produto”.
Financiamento
O projeto da aeronave conta
com o financiamento da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), agência de
fomento à inovação do governo federal, no âmbito da chamada Mais Inovação
Brasil – Aviação Sustentável, e já recebeu cerca de R$ 37 milhões em subvenção
econômica.
De acordo com o presidente da
Finep, Luiz Antônio Elias, o projeto posiciona o Brasil na vanguarda da
mobilidade aérea urbana. “Este voo inaugural materializa a estratégia
brasileira de liderar a transição global para a aviação sustentável, com
tecnologias de fronteira como propulsão elétrica e inteligência artificial”.
Tribuna do Norte

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