quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Só Mineiro e Natália votam contra PL Antifacção na bancada do RN

Girão: “Temos um desgoverno implantado no nosso País, que é conivente com o crime”| Foto: câmara dos deputados

A bancada federal do Rio Grande do Norte teve apenas dois votos contrários ao Projeto de Lei Antifacção, aprovado por ampla maioria na Câmara dos Deputados na noite desta terça-feira (18). Entre os oito parlamentares potiguares, somente Fernando Mineiro e Natália Bonavides, ambos do PT, se posicionaram contra o texto, que recebeu 370 votos favoráveis no plenário, sendo 110 votos contrários e três abstenções.

Da bancada do RN, votaram a favor seis deputados: Benes Leocádio e Carla Dickson (União Brasil), João Maia e Robinson Faria (PP) e General Girão e Sargento Gonçalves (PL).

De autoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP), o projeto endurece o combate às organizações criminosas e cria novos mecanismos de punição. Durante a apresentação do relatório, Derrite provocou o governo federal ao afirmar que não foi procurado pela articulação política para discutir o tema.

Derrite destacou que só tomou conhecimento das discordâncias por meio da imprensa e, por isso, fez ajustes no parecer — incluindo mudanças sobre o destino de recursos provenientes da venda de bens apreendidos em operações.

Com a aprovação na Câmara, o PL segue agora para análise do Senado, onde é tratado como uma das principais iniciativas legislativas de enfrentamento ao crime organizado em 2025.

O deputado General disse que a aprovação da matéria ocorre “num momento crucial para a segurança pública e soberania do País. O Projeto de Lei nº 5.582, de 2025, chamado de marco legal de combate ao crime organizado é a urgência de ma resposta firme e categórica à principal crise nacional que já vivemos há décadas, mas agora não podemos mais postergar”.

Para Girão, “infelizmente, temos um desgoverno implantado no nosso País, que é conivente com o crime, que visita as favelas e as comunidades sem precisar de segurança porque os próprios criminosos, os próprios faccionados e terroristas dão proteção a ele”.

Para Girão, o mais importante disso tudo “é nós destacarmos o que é que assemelha o Governo do PT aos crimes que estão acontecendo no Brasil. Nós estamos acompanhando a CPMI do INSS. É líquido e certo que os envolvimentos são os mais gritantes possíveis”.

Girão acrescentou que “o último agora foi a ex-nora do Presidente com o filho dele no apartamento com a Polícia Federal dando batida lá. Contra esse tipo de fato existe algum argumento? É a mistura. A gente não sabe onde termina e onde começa o lado criminoso desse pessoal que se junta ao Governo do PT”.

O substitutivo tipifica várias condutas comuns de organizações criminosas ou milícias privadas e atribui a elas pena de reclusão de 20 a 40 anos em um crime categorizado como domínio social estruturado. O favorecimento a esse domínio será punido com reclusão de 12 a 20 anos.

O texto do relator prevê ainda a apreensão prévia de bens do investigado em certas circunstâncias, com a possibilidade de perdimento dos bens antes do trânsito em julgado da ação penal.

Também considera facção criminosa toda organização criminosa ou mesmo três ou mais pessoas que empregam violência, grave ameaça ou coação para controlar territórios, intimidar populações ou autoridades.

O enquadramento vale ainda quando atacarem serviços, infraestrutura ou equipamentos essenciais e também se praticarem ocasionalmente “quaisquer atos” destinados à execução dos crimes tipificados no projeto.

Uma das polêmicas era a alteração na atribuição da Polícia Federal, que foi retirada do texto. A PF também continua responsável, com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, pela cooperação internacional nas esferas policial, judiciária ou de inteligência quando os crimes tiverem envolvimento com organizações estrangeiras.

COMO VOTOU A BANCADA DO RN

Sim
Benes Leocádio (União Brasil)
Carla Dickson (União Brasil)
João Maia (PP)
Robinson Faria (PP)
General Girão (PL)
Sargento Gonçalves (PL)

Não
Fernando Mineiro (PT)
Natália Bonavides (PT)

Fonte – Câmara Federal

Tribuna do Norte

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