A magistrada negou pedido
de habeas corpus feito pela defesa de Vorcaro, que foi preso na
última segunda-feira (17) pela Polícia Federal (PF) enquanto tentava embarcar
para o exterior em seu jatinho particular no Aeroporto de Guarulhos.
O banqueiro e outros sócios do
banco foram alvo da Operação Compliance Zero, deflagrada pela PF para
investigar a concessão de créditos falsos pelo Banco Master, incluindo a
tentativa de compra da instituição financeira pelo Banco Regional de Brasília
(BRB), banco público ligado ao governo do Distrito Federal.
Na decisão, a desembargadora
entendeu que a prisão do banqueiro deve ser mantida para preservar a ordem
pública e desarticular a organização criminosa.
“O contexto retrata um grupo
com notável estrutura, estabilidade e poderio econômico, cuja atividade
perdurou por anos, voltada à prática reiterada de delitos financeiros, com
envolvimento dos gestores do Banco Master em esquemas complexos e de altíssimo
padrão, utilizando-se de manobras para fraudar o sistema financeiro”, decidiu
Solange.
A desembargadora também
acrescentou que as fraudes podem comprometer a liquidez do BRB e causar
prejuízo estimado em R$ 17 bilhões.
“A investigação revelou um
esquema de cessão irregular de carteiras de crédito entre o Banco Master e o
Banco de Brasília, envolvendo a quantia vultosa de aproximadamente R$ 17
bilhões. Há indícios de manipulação de ativos, criação de falsas narrativas para
órgãos reguladores e utilização de empresas de prateleira para simular a origem
de créditos inexistentes ou podres.”
Defesas
Após a prisão, os advogados de
Daniel Vorcaro negaram que o banqueiro tenha tentado sair do país e
sustentou que ele sempre se colocou à disposição para contribuir com a apuração
dos fatos.
O BRB informou ontem que vai
contratar uma auditoria externa para apurar os fatos. O banco também que vai
apurar possíveis falhas de governança ou dos controles internos.
Agência Brasil
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