Allyson Bezerra - Prefeito de Mossoró | Foto: Magnus Nascimento
A base aliada do prefeito
Allyson Bezerra (União Brasil) começa a se esfacelar na Câmara Municipal de
Mossoró (CMM), em função da pressão para que vereadores da bancada
situacionistas passem a apoiar a pré-candidatura de sua mulher, Cinthia Raquel
Pinheiro da Silva, 28, à deputada estadual nas eleições de 2026 pelo PSD,
partido presidido no Rio Grande do Norte pela senadora Zenaide Maia.
O deputado estadual Ivanilson Oliveira (União Brasil) comentou, no plenário da Assembleia Legislativa, que o vereador Wiginis do Gás, filiado ao partido dele e do próprio prefeito, “está sendo perseguido” porque decidiu apoiar a sua reeleição e a pré-candidatura à deputada federal da vereadora natalense licenciada, Nina Souza, que hoje ocupa a pasta do Trabalho, Habitação e Assistência Social na gestão do prefeito Paulinho Freire (União Brasil).
Ivanilson Oliveira disse que
Wiginis do Gás “não se curvou” ao prefeito, que demitiu todos os aliados do
vereador que tinham cargos comissionados na Prefeitura de Mossoró.
“Acho isso muita infantilidade
de uma pessoa que quer ser pré-candidata a governo do Estado com essas
iniciativas de perseguição, então, fica aqui meu apoio a Wiginis do Gás e aos
demais que me apoiam em Mossoró”, destacou o deputado Ivanilson Oliveira.
O vereador Winigis do Gás
comunicou o racha na base aliada do governo, no plenário da Câmara de Mossoró
na quarta-feira (5): “Não faço mais parte da base do prefeito Allyson Bezerra.
Fui expulso da base, já comuniquei ao líder Alex do Frango (PSD), por não me
curvar, por não baixar a cabeça, porque eu só baixo a cabeça para uma pessoa
nesse mundo, que é Jesus Cristo, na hora que eu estou orando”.
Winigis do Gás confirmou que
“por não se curvar, por não aceitar apoiar à primeira dama, foi expulso da base
do prefeito”, após declarar apoio ao deputado Ivanilson e a Nina Souza. “Fui
convidado a me retirar da base porque já começaram a exonerar pessoas ligadas a
mim. Então, estou usando essa tribuna para dizer que declarei sim apoio a
Ivanilson, deputado estadual, e a Nina pré-candidata a deputada federal porque
são do meu partido, União Brasil, acho que eu tenho o direito de escolher quem
eu quero apoiar”, reforçou.
Segundo Winigis, a perseguição
política do chefe do Executivo mossoroense a quem não segue sua cartilha
política não é de agora. “A gente não pode nem curtir uma postagem do vereador
Cabo Deyvison (MDB), curtir coisas da oposição, não pode até subscrever uma
moção de aplauso como foi feito para Bruno Barreto (jornalista e blogueiro),
que somos chamados à atenção”, denunciou.
Atualmente com uma base aliada
de 15 de 21 vereadores de Mossoró, a tendência é que o prefeito Allyson Bezerra
perca mais dois vereadores: Petras Vinícius (UB) e Ozaniel Mesquita (União)
No entanto, existem exceções,
o prefeito Alysson Bezerra admite liberar os vereadores Ricardo de Dodoca
(União Brasil) e Alex do Frango, que apoiariam à reeleição do deputado estadual
Neilton Diógenes (PP) em troca apoio do prefeito de Apodi, Sabino Neto (MDB),
aliado de Neilton.
Tribuna do Norte

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