A análise revela uma tendência
de crescimento na incidência da doença. Em 2020, a taxa era de 250 casos por
100 mil habitantes entre homens e 301 por 100 mil entre mulheres. Já em 2024,
os índices subiram para 375/100 mil em homens e 449/100 mil em mulheres). O
aumento é atribuído, em parte, à retomada dos serviços após a pandemia de
Covid-19, que havia impactado o diagnóstico e o registro de novos casos.
Incidência
Entre os homens, casos de
próstata e estômago, cada um com 14% dos registros, representam a maior
incidência, seguido de câncer nos tecidos conjuntivos e moles (9%), cólon e
reto (7%) e pulmão (5%). Já entre as mulheres, o câncer de mama, com 30% dos
registros, lidera o número de casos, à frente de colo do útero (7%), tecidos
conjuntivos e moles (5%) e cólon e reto.
Entre 2020 e 2024, o RN
contabilizou 18.519 mortes por câncer, com 9.204 óbitos masculinos e 9.315
femininos. O câncer de pulmão foi o que mais matou, com 12% dos óbitos, seguido
por mama (8%), próstata (7%), cólon e reto (7%) e estômago (6%). A mortalidade
é ainda mais significativa a partir dos 60 anos, concentrando 72% das mortes, o
que evidencia a forte relação entre envelhecimento e risco da doença.
O boletim mostra ainda que a
Região Metropolitana (7ª Região de Saúde) apresentou as maiores taxas de
incidência, chegando a 488 casos por 100 mil habitantes em 2024 – crescimento
de 52% em relação a 2020. Já o Alto Oeste (6ª Região de Saúde) concentrou as
maiores taxas de mortalidade ao longo dos cinco anos.
Recomendações e ações
A Sesap reforça que um terço
dos casos de câncer pode ser prevenido com mudanças no estilo de vida, como a
redução do tabagismo e consumo de álcool, alimentação saudável, atividade
física regular, rastreamento com exames como mamografia e colonoscopia e a
vacinação contra HPV e hepatite B.
Agência Brasil
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