quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Operação fecha laboratório clandestino de canetas emagrecedoras em Natal

Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte e a Receita Federal localizaram, na terça-feira (28), um laboratório clandestino de manipulação de medicamentos que funcionava dentro de uma loja de acessórios para celular, em uma galeria no bairro de Petrópolis, na zona Leste de Natal. Duas pessoas foram presas.

A ação ocorreu após a interceptação de uma encomenda suspeita contendo produtos sem origem comprovada. O material foi monitorado até o endereço informado no envio. No local, investigadores da Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc), com apoio da Deicor, identificaram que a caixa era destinada ao responsável pela loja.

De acordo com os policiais, o pacote continha 56 frascos de tirzepatida sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A tirzepatida é a substância presente em medicamentos para tratamento de diabetes e obesidade.

No interior do estabelecimento, foram encontrados itens utilizados para reenvase e adulteração de medicamentos, como seringas, canetas aplicadoras, frascos usados e embalagens.

Segundo a Polícia Civil, os produtos eram armazenados sem controle de temperatura e em desacordo com normas sanitárias. O local apresentava características de um laboratório improvisado de manipulação de substâncias, apontam os investigadores.

Também foram apreendidos documentos, máquinas de pagamento, celulares, contratos de locação de veículos e aproximadamente R$ 46 mil em espécie, dentro de um veículo ligado ao suspeito. O caso segue sob apuração para identificar possíveis conexões com outras atividades ilícitas.

O homem detido na terça-feira foi autuado por crimes relacionados à falsificação e comercialização clandestina de medicamentos. Ele também será investigado por suspeita de uso de dados de terceiros.

Na manhã desta quarta-feira (29), uma mulher foi presa em desdobramento da operação, suspeita de comercialização e distribuição dos mesmos produtos.

A investigação continua para apurar se há outros envolvidos no esquema.

Tribuna do Norte

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