De acordo com o comunicado oficial, Machado representa “um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”. O texto ressalta sua atuação como figura unificadora de uma oposição historicamente fragmentada, que conseguiu se reunir em torno da defesa de eleições livres e de um governo representativo.
“Maria Corina Machado tem
mantido viva a chama da democracia em meio a uma crescente escuridão”, diz o
comitê.
O anúncio também destacou o
contexto político e humanitário da Venezuela, que “evoluiu de um país
relativamente democrático e próspero para um Estado autoritário e brutal”, com
milhões de pessoas vivendo na pobreza e quase 8 milhões de venezuelanos forçados
a deixar o país.
Engenheira e ex-deputada,
Machado fundou há mais de 20 anos a organização Súmate, dedicada à defesa de
eleições livres e transparentes. À época, resumiu seu engajamento político como
“a escolha da cédula de votação em vez da bala”.
Em 2024, ela foi impedida pelo
regime de disputar a eleição presidencial, mas apoiou a candidatura de Edmundo
González Urrutia, reunindo centenas de milhares de voluntários que atuaram como
observadores eleitorais — mesmo sob risco de prisão e violência. Apesar de
evidências de vitória da oposição, o governo não reconheceu o resultado.
Tribuna do Norte
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