“Apesar de ter tido menos
inscrições [neste ano], são mais de 761 mil inscritos, a gente tem uma
expectativa de que o comparecimento proporcional será maior. Quase 600 mil
pessoas dessas 761 mil acessaram o seu cartão de confirmação, portanto olharam
o seu local de prova", afirmou.
"A nossa expectativa é
que o número [de comparecimento] seja próximo a isso. Na verdade, são 565 mil,
se não me engano, que acessaram o cartão e devem comparecer”, declarou a
ministra.
Pouco antes das 12h30, a
ministra visitou um centro universitário na Asa Norte, em Brasília, onde 7.068
pessoas estão inscritas para fazer a prova. Para a ministra, a queda no número
de inscrições deve-se à redução do número de carreiras disponíveis e ao fim da
novidade do formato de concurso unificado.
“O primeiro ano foi uma
grande novidade. Não havia concurso dessa dimensão há mais de dez
anos no Brasil”, declarou Dweck.
“A gente viu que existe uma
demanda reprimida muito grande, por isso aquela grande inscrição. Foram pouco
mais de 2 milhões de pessoas inscritas e 1 milhão de pessoas que compareceram
no dia da prova. Foi o maior concurso da história, mas eram 6.640 vagas. Então
era uma quantidade de vagas muito grande e cargos que estavam havia muitos anos
sem concurso.”
Estatísticas
Na primeira edição do CNU, no
ano passado, houve 2,1 milhões de inscrições, com 970.037 comparecimentos, o
que resultou em abstenção de 54,12%. Segundo o Ministério da Gestão e Inovação
em Serviços Públicos, o percentual ficou dentro da média de outros concursos.
Em 2025, o CNU registrou
761.528 inscrições para 3.652 vagas em 32 órgãos federais. Caso os percentuais
de acesso ao cartão de prova se confirmem, a abstenção deverá ficar em torno de
25%.
Segurança
A ministra procurou
tranquilizar os candidatos em relação à segurança do concurso. Dweck ressaltou
que a operação da Polícia Federal que desmantelou, na semana passada, um esquema de fraudes na
primeira edição do CNU e em concursos estaduais foi resultado do trabalho
do ministério e de outros órgãos federais.
“A operação que houve esta
semana é fruto da nossa operação de segurança no primeiro concurso. Foi a troca
de informações que a gente fez com a Polícia Federal, o próprio processo que a
Polícia Federal trabalhou nesse concurso para poder desbaratar quadrilhas,
mostrando que se alguém tentar algo, vai ser punido. Ter havido essa operação
antes da data de hoje é muito importante”, afirmou.
Segundo Dweck, dos seis
candidatos investigados pela Polícia Federal pela suspeita de fraude no CNU,
três foram imediatamente eliminados da segunda edição do certame. No entanto, a
Justiça pediu mais informações para excluir outros três candidatos. “A gente
não pode tirar ninguém sem provas absolutas”, declarou.
A ministra reiterou que o
governo não permitirá que fraudadores roubem vagas dos concursados. “O nosso
compromisso é quem fizer a prova de forma honesta, correta e passar poderá
entrar. [O governo] não deixará ninguém que fraudou entrar no lugar dessas pessoas”,
disse.
Próximas edições
A ministra reiterou que não
haverá uma nova edição do Enem dos Concursos em 2026. Isso porque a proposta de
Orçamento para o próximo ano enviada ao Congresso não prevê uma nova seleção.
Apenas autorizações para poucos órgãos públicos e recursos para convocar os
excedentes de candidatos que fizeram a prova de 2024 e de 2025, caso haja vagas
no Poder Executivo Federal.
Agência Brasil
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