Foto: Corpo de Bombeiros
O RN registrou aumento de 52%
no número de incêndios florestais entre janeiro e agosto de 2025, segundo
informações do Corpo de Bombeiros do Estado (CBM-RN). Foram 842 registros neste
ano ante 553 incidências. Na última segunda-feira (06), o CBM-RN foi acionado
para conter quatro focos de incêndios em áreas de vegetação no município de
Mossoró, interior do estado. As ocorrências foram registradas nos bairros Alto
do Sumaré, Redenção, Bom Jesus e na zona rural, nas proximidades da RN-015.
Entre 2013 e 2024, o RN registrou 5.753 focos de incêndios, segundo dados da
Confederação Nacional dos Municípios (CNM). No Brasil, o número foi de
2.318.883 no período.
Os dados são monitorados e discutidos regularmente por grupos locais e nacionais que discutem ações e estratégias para mitigar os incêndios. Os casos são tanto de causas naturais, como também há suspeitas de causas humanas, segundo o Corpo de Bombeiros. A dificuldade, no entanto, está nas perícias a serem feitas nos locais de incêndios. As regiões que estão sendo mais atingidas neste ano são o Seridó e o Alto Oeste, segundo o coronel Marcos Miranda, comandante do corpo operacional do Corpo de Bombeiros, muito em função da falta de chuvas.
“É a falta de conhecimento das
pessoas que fazem queimadas, a falta de cuidados com a área”, explica o coronel
Marcos Miranda. Nesse sentido, o Corpo de Bombeiros do RN deu início à Operação
Abrace o Meio Ambiente (Operação Ama), em que são feitos trabalhos de
conscientização e educação preventiva nas cidades polo e circunvizinhas onde o
CBM possui unidades no Estado.
“Iniciamos a Operação Ama,
Abrace o Meio Ambiente, em que todo ano atuamos. Fazemos trabalhos
especificamente relacionados a incêndios florestais, como em terrenos baldios,
áreas de vegetação, preservação, e o efetivo que é empregado é à parte, não
fazendo parte do serviço ordinário”, explica. “O bombeiro não trabalha só de
maneira reativa, mas de maneira preventiva também. Em cada unidade onde
iniciamos essa ação fazemos trabalhos locais de prevenção para fazer essa
política de informação”, cita.
Segundo o Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (INPE), o Brasil sofre com incêndios praticamente o ano
inteiro. Porém, em determinados períodos sazonais, com o fim da estação
chuvosa, entre os meses de julho, agosto e setembro, somados ao tempo seco e
quente, acabam potencializando a propagação de incêndios florestais pelo
território brasileiro. Quase 90% dos focos ocorreram a partir do segundo
semestre de cada ano, com destaque para os meses de agosto, setembro e outubro.
Na semana passada, o Governo
do Estado sancionou o Decreto nº 34.942/2025, que institui o Plano Estadual de
Prevenção Ambiental e Combate às Queimadas e Incêndios Florestais – RN Sem
Chamas. O programa tem como objetivo reduzir as ocorrências de incêndios,
eliminar gradualmente o uso do fogo no campo e proteger a biodiversidade do
estado.
A iniciativa reúne diretrizes
voltadas à prevenção e combate direto aos incêndios, à substituição das
queimadas por práticas agrícolas mais sustentáveis e à redução da emissão de
poluentes que afetam a saúde da população. Também prevê a proteção da fauna, da
flora e das unidades de conservação, além do fortalecimento da educação
ambiental junto ao setor produtivo e às comunidades rurais.
Tribuna do Norte
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