Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
O líder do governo na Câmara,
deputado José Guimarães (PT-CE), disse que a escolha do presidente Luiz Inácio
Lula da Silva para a sucessão de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal
Federal (STF) será rápida. “Eu sei provavelmente por onde é que ele vai”,
afirmou no podcast “As Cunhãs”. Questionado sobre se a vaga seria do atual
advogado-geral da União, Jorge Messias, o deputado disse que este é, sim, um
dos nomes na mesa e que conta com o seu apoio como também com o da ministra das
Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
“A indicação para a Suprema Corte tem que ter os predicados, mas não dá para indicar qualquer fuleragem e fazer tudo contra a democracia. O que está em jogo neste momento é não permitir qualquer ameaça aos funcionamento democrático das instituições”, defendeu, elogiando, na sequência, o trabalho do ministro Alexandre de Moraes.
Além de Messias, também
aparecem na disputa para o cargo o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco; o
ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e o ministro da
Controladoria Geral da União, Vinícius Carvalho.
O deputado avaliou também que
este não é o momento para o governo colocar em votação a reforma
administrativa. “Estamos às vésperas da eleição, com temas importantes para o
País a serem votados ainda; meter a reforma administrativa em debate… Não é o
momento. Vamos defender que nada disso seja tratado antes da eleição. A
realidade hoje está muito tensionada.”
O líder do governo na Câmara
afirmou ainda no podcast que sua única pretensão eleitoral é para o Senado, e
que não abrirá mão dessa candidatura. “Não pretendo ser candidato a mais nada.
E tenho 200 mil votos”, assegurou. “Me sinto hoje já senador na prática”.
Em outro trecho, ele comentou
que, pelo que já fez pelo PT, merecia uma estátua na sede do partido. “Na
política, é muito importante botar a memória na mesa”, afirmou, recordando por
várias vezes durante a transmissão que foi dos poucos a visitarem Lula na cela
quando estava preso.
Segundo o parlamentar, tem
gente que hoje “posa ao lado do Lula”, mas que no passado já quis sair do PT.
“Em 2018, eu sozinho mais a Luizianne (Luizianne Lins, deputada pelo PT-CE)
apoiando o Haddad aqui no Ceará”, lembrou, referindo-se ao pleito em que Lula
foi proibido de concorrer à eleição e escolheu o agora ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, para disputar a vaga em seu lugar. “Todos eles, inclusive uma
parte do PT, estavam encantados com a campanha do Ciro (Ciro Gomes,
ex-governador do Ceará, do PDT, e que estava na corrida presidencial)”,
alfinetou.
Estadão Conteúdo

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