Organizado pela Cosafe,
empresa de tecnologia para alerta e gerenciamento de incidentes críticos para
organizações, o livro reúne propostas voltadas a educadores, gestores
escolares, autoridades e famílias interessados em construir ambientes
educacionais mais seguros.
Diretora executiva da Cosafe,
especialista em gestão de incidentes e uma das autoras, Ana Flavia Bello
Rodrigues destaca que a análise foi feita para escolas públicas e privadas.
Segundo ela, as questões de proteção escolar não são apenas ligadas à violência
urbana.
"Elas são ligadas a
diversos aspectos da escola, desde acidentes, drogas, suicídio e tentativa de
suicídio, automutilação, problemas de saúde mental. Existem muitas questões
além da violência extrema do atentado por agressor ativo que pode acontecer a
qualquer hora e em qualquer lugar", explica Ana Flavia.
De acordo com a especialista,
os maiores riscos da escola ocorrem dentro das unidades.
"O impacto das redes
sociais na saúde mental dessas crianças tem afetado muito, trazendo violência
para dentro das escolas, como bullying. O sofrimento dessa geração hoje vem
muitas vezes de casa, com abandono que começa dentro de casa, e resulta em uma
situação na escola. Temos casos de agressão entre os alunos ou que atingem
funcionários e professores", avalia Ana Flavia.
Anuário
O Anuário do Fórum Brasileiro
de Segurança Pública de 2023, voltado à violência nas escolas, mostra que a
percepção de violência por professores e diretores atingiu níveis alarmantes.
"Há relatos de tiroteios
ou bala perdida em ao menos 1,7% das escolas brasileiras; de situações de
assédio sexual em 2,3% e de interrupção do calendário letivo de 2021 em
decorrência de episódios de violência em 0,9% das escolas. Pode parecer pouco,
mas isso significa que milhares de alunos e alunas, bem como professores e
professoras, têm na violência uma das experiências mais indeléveis de suas
trajetórias pessoais e profissionais na sua relação com a escola", alerta
o anuário.
Ainda segundo a publicação,
"são muitos, portanto, os desafios que se impõem para que a educação
realize, em meio ao fogo cruzado, sua função social de fazer com que o saber
sistematizado seja criticamente apropriado pelos estudantes e, ademais, capacite-os
à participação cidadã na vida social do país".
Agência Brasil
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