O ex-ministro e
ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) afirmou que não voltará a se candidatar à
Presidência da República. “Não quero mais ser candidato, não. Não quero mais
importunar os eleitores”, disse em entrevista à rádio Itatiaia nesta
quinta-feira (18), após palestra em evento universitário na região
metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Ciro concorreu à quarta
eleição presidencial em 2022, quando se apresentou como uma opção fora da
polarização entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas
terminou o pleito em quarto lugar, com 3% dos votos válidos, atrás de Simone
Tebet (MDB).
Em 1998 e em 2002, pelo PPS,
chegou a 10,9% e 11,9% dos votos. Em 2018, com o PDT, alcançou 12,4% do
eleitorado. Ciro também foi governador do Ceará de 1991 a 1994 e ministro nos
governos Itamar Franco e Lula.
Questionado sobre o cenário
eleitoral de 2026, Ciro avalia não haver ninguém com capacidade para resolver
os problemas do País. “Cada vez que me candidatei, eu tinha capacidade, sabia
que dava conta de resolver o problema. Hoje, tenho dúvidas se alguém tem
capacidade de resolver o tamanho do abacaxi que essa maluquice de Lula e
Bolsonaro produziu no País”, afirmou.
Como mostrou a Coluna do
Estadão, aliados do pedetista o aconselharam a aproveitar o “bate cabeça” entre
governadores da direita para se lançar como o candidato anti-Lula ao Palácio do
Planalto no próximo ano.
Mas a recusa para disputar
novamente a vaga já vem de anos atrás Em dezembro de 2023, o ex-presidenciável
afirmou que não desistiu, mas foi “desistido”, e que “dificilmente” voltaria a
se candidatar à Presidência. “Eu vou seguir lutando, mas disputar eleição não
quero mais não”, disse em entrevista à GloboNews.
Ciro tem sido sondado pelo
PSDB e pelo União Brasil, mas, até o momento, não sinalizou mudança para nenhum
desses partidos.
Estadão Conteúdo
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