Em conversa de mais de uma
hora com Lula no Palácio da Alvorada, Sabino explicou a decisão de seu partido,
informou que gostaria de cumprir mais algumas agendas como ministro nos
próximos dias e que entregaria sua carta de demissão após o retorno do
presidente de Nova York, na próxima quinta-feira (25). Lula viaja este fim de
semana aos Estados Unidos para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
(ONU), onde fará o discurso inaugural entre os chefes de Estado.
Sabino, que é deputado federal
do União Brasil pelo estado do Pará, está desde julho de 2023 no cargo. Ele era
um dos auxiliares de Lula mais diretamente envolvidos na organização da
Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30,
que será realizada em Belém. O ministro vinha negociando com a cúpula do
partido para seguir no cargo, mas acabou cedendo à pressão.
A exigência da executiva
nacional do União Brasil para que seus filiados deixem cargos no governo Lula
veio à tona após a veiculação de reportagens que apontam uma suposta conexão
entre o presidente nacional do partido, Antonio Rueda, e a organização criminosa
Primeiro Comando da Capital (PCC). Rueda e o partido negam as acusações. Em
nota, dirigentes do União Brasil chegaram a insinuar envolvimento do próprio
governo nas revelações, já que o caso é apurado pela Polícia Federal (PF), que
tem atuação funcional independente.
A ministra das Relações
Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu e criticou a sigla em uma postagem nas
redes sociais.
"Repudio as acusações
infundadas e levianas feitas em nota divulgada hoje pela direção do partido
União Brasil. A direção do partido tem todo direito de decidir a saída de seus
membros que exercem posições no governo federal. O que não pode é atribuir
falsamente ao governo a responsabilidade por publicações que associam dirigente
do partido a investigações sobre crimes. Isso não é verdade", escreveu
Gleisi em sua conta no X.
Agência Brasil
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