Ao finalizar a análise das
representações abertas contra os parlamentares, o corregedor da Casa, deputado
Diego Coronel (PSD-BA), sugeriu ao Conselho de Ética da Câmara a suspensão
do deputado Marcos Pollon (PL-MS) por 90 dias e dos deputados Marcel Van Hattem
(Novo-RS) e Zé trovão (PL-SC) por 30 dias.
Todos são acusados de
obstrução da cadeira da Presidência.
Pollon também é alvo de outro
pedido de suspensão por 30 dias, totalizando 120 dias. O deputado foi acusado
de fazer declarações difamatórias contra a presidência da Casa.
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O corregedor também defendeu
a aplicação da pena de censura escrita aos deputados Allan Garcês (PP-MA),
Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Domingos
Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj
(PL-SP), Marco Feliciano (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Zucco (PL-RS),
além de Pollon, Van Hattem e Zé Trovão.
Segundo Diego Coronel, as
solicitações de punições ocorreram a partir da análise das imagens internas da
Câmara e com base nas argumentações das defesas dos parlamentares.
“O papel da corregedoria é
institucional. Atuamos com imparcialidade, analisamos cada conduta de forma
individual e cumprimos o nosso compromisso de agilidade, entregando nosso
relatório passados 22 dias úteis da representação, ou seja, metade do prazo. Agora,
cabe à Mesa decidir sobre as recomendações apresentada”, declarou o corregedor.
De acordo com as regras
internas da Câmara, os pedidos de suspensão de mandatos serão analisados
pelo Conselho de Ética e o plenário. A aplicação da censura escrita será
avaliada pela Mesa Diretora da Casa.
A corregedoria analisou os pedidos de afastamento de deputados do
PL, PP e do Novo, enviados pelo presidente da Casa, Hugo Motta
(Republicanos-PB).
Motim
No dia 5 de agosto, senadores e deputados da oposição ocuparam as mesas
diretoras dos plenários do Senado e da Câmara dos Deputados para
protestar contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair
Bolsonaro, que havia sido decretada no dia anterior pelo ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Ao chegar no plenário da
Câmara, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) teve
dificuldades de assumir sua cadeira na Mesa Diretora, impedido por alguns
parlamentares, especialmente os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS) e
Marcos Pollon (PL-MS).
Os senadores e deputados
pernoitaram no local, inviabilizando os trabalhos legislativos. Eles
exigiam ainda que fossem pautadas as propostas de anistia geral e
irrestrita aos condenados por tentativa de golpe de Estado no julgamento da
trama golpista e o impeachment de Moraes.
Parlamentares da base de apoio
ao governo repudiaram o ato, classificado como "chantagem".
No dia 6 de agosto, por volta
das 22h30, Hugo Motta abriu a sessão plenária após um longo período de
obstrução pelos parlamentares da oposição. Motta criticou a ação
dos deputados e disse que as manifestações têm que obedecer o regimento da
Casa.
Agência Brasil
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