De acordo com as
investigações, as empresas vítimas descobriram o esquema quando a mulher de 40
anos realizou compras não autorizadas em nome da empresa que trabalhava, entre
os dias 20 de agosto e 9 de setembro de 2025, adquirindo 505 caixas de óleo lubrificante
automotivo. O golpe gerou um prejuízo inicial de R$ 236.658,00.
Com os produtos comprados
indevidamente e em posse da suspeita, a mulher vendeu a mercadoria para a mesma
empresa que sofreu o primeiro golpe, afirmando conhecer um revendedor de óleos
lubrificantes com valores muito abaixo do mercado, e gerando um novo prejuízo
de R$ 67.500,00.
As apurações ainda revelaram a
participação ativa do marido da suspeita, de 46 anos, responsável por receber
os produtos desviados e utilizar a residência de sua mãe como depósito
temporário da carga. Outro investigado também foi identificado como transportador
dos itens, garantindo a logística da fraude.
Segundo a polícia, o casal era
o mentor intelectual do esquema e contava com o auxílio de outros três
suspeitos para movimentar o dinheiro e realizar o transporte da mercadoria. O
prejuízo total ultrapassa R$ 300 mil.
Durante a operação, foram
cumpridos mandados de busca e apreensão nos bairros Santos Reis, Rosa dos
Ventos e Bom Pastor, em Parnamirim, com apoio da Delegacia Especializada em
Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas (DEPROV) e da Delegacia Especializada
em Furtos e Roubos (DEFUR), ambas de Natal.
Além das prisões preventivas,
um terceiro suspeito, de 35 anos, foi preso em flagrante por receptação
qualificada, no bairro Potengi, Zona Norte de Natal. Na ocasião, foram
localizadas 50 caixas de óleo lubrificante que haviam sido identificadas como
parte da carga desviada pelo casal.
Os presos foram conduzidos à
delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, encaminhados ao sistema
prisional, permanecendo à disposição da Justiça. As investigações continuam com
o objetivo de identificar outros participantes da fraude.
O nome da operação,
“Engrenagem Suja”, faz referência ao funcionamento interno de um veículo
automotor, simbolizando a atuação da funcionária dentro da empresa lesada. A
expressão “suja” remete à fraude e à corrupção das engrenagens do sistema,
representando a maneira como a associação criminosa agia para obter vantagens
ilícitas.
A Polícia Civil reforça que a
colaboração da população é fundamental e solicita que informações anônimas
continuem sendo repassadas por meio do Disque Denúncia 181.
Tribuna do Norte
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