Foto: Divulgação
Por quatro anos seguidos,
pesquisas do Instituto Fecomércio (IFC) aferiram o crescimento do Carnatal. De
2022 a 2025, a Cidade Carnatal, que tem a maior micareta do Brasil, cresceu em
movimentação econômica no RN, participação de turistas no evento, no gasto
médio individual e na avaliação do público. E mais que isso, o evento cresceu
de importância para a região Nordeste. O Carnatal 2025 confirmou sua força como
um dos principais eventos do calendário econômico e cultural do Rio Grande do
Norte. De acordo com pesquisa do Instituto Fecomércio RN, a edição movimentou
R$ 155 milhões na economia, registrando crescimento de quase 38% em relação ao
ano anterior e reforçando o impacto positivo sobre comércio, serviços e turismo
em Natal. A divulgação dos dados ocorreu na quinta-feira (18), no Hotel-Escola
Senac Barreira Roxa, para a diretoria da Clap Entretenimento, organizadora do
evento. A TRIBUNA DO NORTE conversou com Felinto Filho sobre os alguns pontos
da pesquisa.
Qual a sua análise inicial sobre os números da pesquisa do Instituto Fecomércio (IFC), que aferiram o crescimento do Carnatal em 2025?
O Carnatal tinha como meta alcançar 42% de share de participação de turistas
nesta edição. Nós batemos esse número, fomos para 44,5%. Nós entendemos que
quanto mais nacionalizado for a percepção de marca do Carnatal, maior e mais
vigoroso será o evento e, de igual forma, também será mais motivador para quem
aqui reside, consome e gosta do Carnatal, como a gente também gosta. Os dados
do Carnatal aferidos pela Pesquisa da Fecomércio são espetaculares. Nós mais do
que dobramos a movimentação econômica em dois anos. Partimos de R$ 60,8 milhões
para R$ 155 milhões em movimentação econômica nos três dias de evento.
Crescimento econômico nessa ordem, nessa magnitude é uma coisa a ser exaltada e
comemorada. Ou seja, mais do que nunca, o Carnatal pode se intitular como o
meu, o seu, o nosso Carnatal, fazendo a diferença na vida das pessoas, gerando
desenvolvimento econômico e também com olhar na solidariedade, levando alimento
no final do ano para a mesa de todos, no Rio Grande do Norte. É muito bacana
tudo isso. Estamos muito felizes com os números grandiosos que nós aqui
encontramos na pesquisa do Instituto Fecomércio. E outros pontos importantes: a
regionalização do evento e a noção de pertencimento dos diversos setores da
economia com o evento que ficaram nítidos neste levantamento.
O Carnatal, pela série
histórica de quatro anos de pesquisa Fecomércio, vem numa crescente. A
avaliação do público em 2025 foi consistente: a nota média do evento ficou em
patamar elevado de 9,14, numa avaliação de 0 a 10, e mais de 90% dos
participantes disseram pretender voltar na próxima edição. Como foi isso?
Posso dizer que mais do que isso. Para um outro aspecto, isso atesta um vigor
muito forte de força de marca e de um trabalho que está aí demonstrado. É a
concretização de um trabalho estratégico anteriormente elaborado por este novo
grupo gestor da marca Carnatal e que em quatro anos a gente vê que a execução
veio a contento e até acima da nossa expectativa. Em dois anos, mais do que
dobrar a movimentação econômica é espetacular. É uma certificação de um
trabalho árduo de planejamento, execução e entrega. Estamos muito felizes com
estes resultados e já preocupados com o desafio de 2026, porque esses números
que estão demonstrados são de aluno laureado, não é verdade? Aí, a partir de
agora, fica mais difícil a superação. Mas a gente gosta do desafio e tem boas
parcerias para empreender e melhorar ainda mais o produto Carnatal que, volto a
repetir: é meu, é seu, é nosso. Esse ecossistema Carnatal é virtuoso e tem
muito que ser expandido pelo Nordeste e pelo Brasil.
E o Carnatal, comparado a
outros grandes eventos do Estado, ainda se supera em termos de resultados?
O Carnatal, se você pegar a movimentação econômica e dividir pelo número de
dias, é um recorde absoluto e incomparável com qualquer outro evento no Estado.
Isso também é uma coisa importante, porque é preciso lembrar que o Carnatal é
uma operação 100% privada, ou seja, não tem praticamente dinheiro público, de
nenhuma ordem, então é o tipo de prioridade e de olhar econômico que a cidade e
o Estado devem priorizar como uma via e vetor de desenvolvimento e ao mesmo
tempo de regularidade com a operação e de estímulo econômico e social em todos
os aspectos. Para se ter uma ideia, o Instituto Fecomércio constatou que o
Carnatal, em 3 dias, tem uma movimentação econômica para o Rio Grande do Norte,
superior ao Mossoró Cidade Junina, que tem 30 dias de festa. Isso é gigantesco
e ao mesmo tempo muito desafiador e abre um leque de oportunidades para serem
exploradas nas diversas frentes da Cidade Carnatal, que une a maior micareta do
Brasil, festival com grandes shows na área interna da Arena das Dunas e
diversas ativações de marcas parceiras que mais que dobramos neste curto espaço
de tempo à frente da gestão do evento. Hoje nós temos ativações regulares com
Picpay, Esportes da Sorte, Ambev, Alares, Pernod, Bob´s, entre outras, além de
muita proximidade com a Emprotur e Natal Shopping, que são marcas locais, mas
com quem desenvolvemos ações ao longo do ano e que resultam, ao final, nestes
números que agora estamos analisando.
44,5% do público presente são
turistas. O que isso significa?
Só este dado já é muito significativo. Mais uma vez, a Cidade Carnatal puxa o
sarrafo para cima. O turista que chega para o Carnatal, segundo o Instituto
Fecomércio, deixa no Rio Grande do Norte cerca de R$ 1.700,00, enquanto que o
turista regular deixa R$ 500,00. E esse dinheiro chegou na ponta no setor de
comércio e serviços, no dia a dia da cidade.
E de onde são estes turistas?
De Recife foram 10,8%, Fortaleza 5,7%, João Pessoa 4,7%, Campina Grande 2,6%,
Rio de Janeiro 2% e Salvador 2%. Isso demonstra a força da regionalização da
Cidade Carnatal, fruto de estratégias de ativações na região Nordeste nos
últimos quatro anos e da efetividade das transmissões das emissoras de
televisão que aprimoraram suas operações e foram ainda mais assertivas ao ponto
de todas estarem batendo recorde em suas plataformas de redes sociais e
audiências em TV aberta. E, mais uma vez, reforça o nosso compromisso para um
olhar de aproveitamento de oportunidade e posicionamento da marca Carnatal para
agregar valor e ser vetor para novos negócios. E aqui cabe ressaltar a
participação de 42% do público sendo natalense e 5,2 % de Parnamirim, que em
média participam do evento durante dois dias, e 25% estão na festa pela
primeira vez, e mais de 35% participam há mais de quatro anos. Ou seja, é uma
marca que se renova a cada ano e que tem forte apelo afetivo com quem já
conhece.
E para onde caminha o
Carnatal?
O Carnatal se consolida, mais uma vez, como um grande impulsionador da economia
local, movimentando o comércio, os serviços e fortalecendo o turismo em Natal.
O que a pesquisa do Instituto Fecomércio mostra é que há um movimento em
diversos segmentos, desde o informal, passando pelos microempreendedores,
pequenas e grandes empresas se apropriando da marca. No turismo, por exemplo,
tivemos a nossa rede hoteleira lotada para o evento, assim como bares e
restaurantes. Este ano, pioneiramente, antecipamos a pré-venda para a 35ª
edição que acontece de 4 a 6 de dezembro de 2026, sem anunciar as atrações, e a
resposta de compra pela plataforma evenyx.com/carnatal tem sido fantástica.
Caminhamos com a certeza de que temos muito mais Carnatal pela frente e ao
longo de todo ano, com muitas surpresas.
Tribuna do Norte

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