quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

Pesquisa da Fecomércio atesta crescimento virtuoso do Carnatal em ciclo de quatro anos

Foto: Divulgação

Por quatro anos seguidos, pesquisas do Instituto Fecomércio (IFC) aferiram o crescimento do Carnatal. De 2022 a 2025, a Cidade Carnatal, que tem a maior micareta do Brasil, cresceu em movimentação econômica no RN, participação de turistas no evento, no gasto médio individual e na avaliação do público. E mais que isso, o evento cresceu de importância para a região Nordeste. O Carnatal 2025 confirmou sua força como um dos principais eventos do calendário econômico e cultural do Rio Grande do Norte. De acordo com pesquisa do Instituto Fecomércio RN, a edição movimentou R$ 155 milhões na economia, registrando crescimento de quase 38% em relação ao ano anterior e reforçando o impacto positivo sobre comércio, serviços e turismo em Natal. A divulgação dos dados ocorreu na quinta-feira (18), no Hotel-Escola Senac Barreira Roxa, para a diretoria da Clap Entretenimento, organizadora do evento. A TRIBUNA DO NORTE conversou com Felinto Filho sobre os alguns pontos da pesquisa.

Qual a sua análise inicial sobre os números da pesquisa do Instituto Fecomércio (IFC), que aferiram o crescimento do Carnatal em 2025?

O Carnatal tinha como meta alcançar 42% de share de participação de turistas nesta edição. Nós batemos esse número, fomos para 44,5%. Nós entendemos que quanto mais nacionalizado for a percepção de marca do Carnatal, maior e mais vigoroso será o evento e, de igual forma, também será mais motivador para quem aqui reside, consome e gosta do Carnatal, como a gente também gosta. Os dados do Carnatal aferidos pela Pesquisa da Fecomércio são espetaculares. Nós mais do que dobramos a movimentação econômica em dois anos. Partimos de R$ 60,8 milhões para R$ 155 milhões em movimentação econômica nos três dias de evento. Crescimento econômico nessa ordem, nessa magnitude é uma coisa a ser exaltada e comemorada. Ou seja, mais do que nunca, o Carnatal pode se intitular como o meu, o seu, o nosso Carnatal, fazendo a diferença na vida das pessoas, gerando desenvolvimento econômico e também com olhar na solidariedade, levando alimento no final do ano para a mesa de todos, no Rio Grande do Norte. É muito bacana tudo isso. Estamos muito felizes com os números grandiosos que nós aqui encontramos na pesquisa do Instituto Fecomércio. E outros pontos importantes: a regionalização do evento e a noção de pertencimento dos diversos setores da economia com o evento que ficaram nítidos neste levantamento.

O Carnatal, pela série histórica de quatro anos de pesquisa Fecomércio, vem numa crescente. A avaliação do público em 2025 foi consistente: a nota média do evento ficou em patamar elevado de 9,14, numa avaliação de 0 a 10, e mais de 90% dos participantes disseram pretender voltar na próxima edição. Como foi isso?
Posso dizer que mais do que isso. Para um outro aspecto, isso atesta um vigor muito forte de força de marca e de um trabalho que está aí demonstrado. É a concretização de um trabalho estratégico anteriormente elaborado por este novo grupo gestor da marca Carnatal e que em quatro anos a gente vê que a execução veio a contento e até acima da nossa expectativa. Em dois anos, mais do que dobrar a movimentação econômica é espetacular. É uma certificação de um trabalho árduo de planejamento, execução e entrega. Estamos muito felizes com estes resultados e já preocupados com o desafio de 2026, porque esses números que estão demonstrados são de aluno laureado, não é verdade? Aí, a partir de agora, fica mais difícil a superação. Mas a gente gosta do desafio e tem boas parcerias para empreender e melhorar ainda mais o produto Carnatal que, volto a repetir: é meu, é seu, é nosso. Esse ecossistema Carnatal é virtuoso e tem muito que ser expandido pelo Nordeste e pelo Brasil.

E o Carnatal, comparado a outros grandes eventos do Estado, ainda se supera em termos de resultados?
O Carnatal, se você pegar a movimentação econômica e dividir pelo número de dias, é um recorde absoluto e incomparável com qualquer outro evento no Estado. Isso também é uma coisa importante, porque é preciso lembrar que o Carnatal é uma operação 100% privada, ou seja, não tem praticamente dinheiro público, de nenhuma ordem, então é o tipo de prioridade e de olhar econômico que a cidade e o Estado devem priorizar como uma via e vetor de desenvolvimento e ao mesmo tempo de regularidade com a operação e de estímulo econômico e social em todos os aspectos. Para se ter uma ideia, o Instituto Fecomércio constatou que o Carnatal, em 3 dias, tem uma movimentação econômica para o Rio Grande do Norte, superior ao Mossoró Cidade Junina, que tem 30 dias de festa. Isso é gigantesco e ao mesmo tempo muito desafiador e abre um leque de oportunidades para serem exploradas nas diversas frentes da Cidade Carnatal, que une a maior micareta do Brasil, festival com grandes shows na área interna da Arena das Dunas e diversas ativações de marcas parceiras que mais que dobramos neste curto espaço de tempo à frente da gestão do evento. Hoje nós temos ativações regulares com Picpay, Esportes da Sorte, Ambev, Alares, Pernod, Bob´s, entre outras, além de muita proximidade com a Emprotur e Natal Shopping, que são marcas locais, mas com quem desenvolvemos ações ao longo do ano e que resultam, ao final, nestes números que agora estamos analisando.

44,5% do público presente são turistas. O que isso significa?
Só este dado já é muito significativo. Mais uma vez, a Cidade Carnatal puxa o sarrafo para cima. O turista que chega para o Carnatal, segundo o Instituto Fecomércio, deixa no Rio Grande do Norte cerca de R$ 1.700,00, enquanto que o turista regular deixa R$ 500,00. E esse dinheiro chegou na ponta no setor de comércio e serviços, no dia a dia da cidade.

E de onde são estes turistas?
De Recife foram 10,8%, Fortaleza 5,7%, João Pessoa 4,7%, Campina Grande 2,6%, Rio de Janeiro 2% e Salvador 2%. Isso demonstra a força da regionalização da Cidade Carnatal, fruto de estratégias de ativações na região Nordeste nos últimos quatro anos e da efetividade das transmissões das emissoras de televisão que aprimoraram suas operações e foram ainda mais assertivas ao ponto de todas estarem batendo recorde em suas plataformas de redes sociais e audiências em TV aberta. E, mais uma vez, reforça o nosso compromisso para um olhar de aproveitamento de oportunidade e posicionamento da marca Carnatal para agregar valor e ser vetor para novos negócios. E aqui cabe ressaltar a participação de 42% do público sendo natalense e 5,2 % de Parnamirim, que em média participam do evento durante dois dias, e 25% estão na festa pela primeira vez, e mais de 35% participam há mais de quatro anos. Ou seja, é uma marca que se renova a cada ano e que tem forte apelo afetivo com quem já conhece.

E para onde caminha o Carnatal?
O Carnatal se consolida, mais uma vez, como um grande impulsionador da economia local, movimentando o comércio, os serviços e fortalecendo o turismo em Natal. O que a pesquisa do Instituto Fecomércio mostra é que há um movimento em diversos segmentos, desde o informal, passando pelos microempreendedores, pequenas e grandes empresas se apropriando da marca. No turismo, por exemplo, tivemos a nossa rede hoteleira lotada para o evento, assim como bares e restaurantes. Este ano, pioneiramente, antecipamos a pré-venda para a 35ª edição que acontece de 4 a 6 de dezembro de 2026, sem anunciar as atrações, e a resposta de compra pela plataforma evenyx.com/carnatal tem sido fantástica. Caminhamos com a certeza de que temos muito mais Carnatal pela frente e ao longo de todo ano, com muitas surpresas.

Tribuna do Norte

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