Para 2026, a projeção da
inflação variou de 4,18% para 4,17%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,8%
e 3,5%, respectivamente.
Pela terceira semana seguida,
a previsão foi reduzida, após a divulgação do resultado da inflação de outubro, a menor para o mês em quase 30 anos.
Com isso, a estimativa alcançou o intervalo da meta de inflação que deve ser
perseguida pelo BC.
Definida pelo Conselho
Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5
ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o
superior 4,5%.
A redução na conta de luz
puxou a inflação oficial para baixo e fez o IPCA fechar outubro em 0,09%, o
menor para o mês desde 1998, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia
Estatística (IBGE). Em setembro, o índice havia marcado 0,48%. Em outubro de
2024, a variação havia sido de 0,56%.
Com esse resultado, a inflação
acumulada em 12 meses é 4,68%, a primeira vez, em oito meses, que o patamar
fica abaixo da casa de 5%. No entanto, ainda acima do teto da meta do CMN.
Juros básicos
Para alcançar a meta de
inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros
- a Selic - definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do
BC. O recuo da inflação e a desaceleração da economia levaram à manutenção
da Selic pela terceira vez seguida, na última reunião, no mês passado.
No entanto, o colegiado não
descarta a possibilidade de voltar a elevar os juros “caso julgue apropriado”.
Em nota, o BC informou que o
ambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política
econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais.
Já no Brasil, a autarquia destacou que a inflação continua acima da meta, apesar
da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros continuarão
altos por bastante tempo.
A estimativa dos analistas de
mercado é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026,
a expectativa é que a Selic caia para 12% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão
é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 9,5% ao ano,
respectivamente.
Quando o Copom aumenta a
Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida; isso causa reflexos nos preços
porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim,
taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Os bancos
ainda consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos
consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

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