sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Sinsp cobra calendário do 13º e critica indefinição

Foto: Demis Roussos

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta (Sinsp) cobrou, nesta semana, a divulgação do calendário do 13º salário e criticou a falta de posicionamento do Governo do Rio Grande do Norte sobre o tema. Em ofício enviado à governadora Fátima Bezerra (PT) na terça-feira (11), a entidade afirmou que a ausência de informações prejudica o planejamento financeiro dos servidores às vésperas do fim do ano.

“Estamos chegando à metade de novembro e não há qualquer previsão para que os servidores possam organizar suas contas ou sequer pensar na ceia de Natal”, destacou o documento. Procurada, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) informou, nesta quinta-feira (13), que o cronograma do 13º “ainda está em processo de definição” e, por isso, não há data para divulgação.

O secretário Carlos Eduardo Xavier não respondeu aos questionamentos da reportagem. Em entrevista a uma rádio local, o secretário havia dito que o pagamento seguirá a mesma sistemática de anos anteriores: uma parte será paga em dezembro e uma outra parte nos primeiros dias de janeiro. Pela legislação, o 13º deve ser pago até 20 de dezembro. Nos últimos anos, o Governo do RN adotou escalonamento: quem ganha até R$ 4 mil recebe o valor integral em dezembro; os demais, apenas em janeiro.

A pasta também não confirmou declaração atribuída a ele na imprensa, segundo a qual o pagamento seria dividido entre dezembro e os primeiros dias de janeiro de 2026.

A presidente do Sinsp, Janeayre Souto, criticou o silêncio do governo e classificou como “descaso” com os servidores a ausência de um posicionamento claro. Ela também afirmou que o atraso afeta o comércio e a própria arrecadação estadual. “As centenas de milhões que deixam de circular nos festejos de fim de ano fazem muita diferença inclusive para o Estado”, disse.

Janeayre ainda chamou de “escárnio” a possibilidade de novo parcelamento e citou o pagamento retroativo da Gratificação de Unidade de Processamento Virtual (UPV) aos auditores fiscais — categoria do secretário — no valor de R$ 55 mil por servidor, autorizado em setembro e com impacto superior a R$ 7 milhões na folha.

Arrecadação

De janeiro a novembro, o Governo do RN arrecadou R$ 22,67 bilhões em receitas brutas, cerca de 85% da meta prevista para 2025. A receita líquida soma R$ 17,77 bilhões. Apesar do desempenho, o governo ainda não explicou como pretende assegurar os recursos necessários para o 13º salário.

Tribuna do Norte

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