“Estamos tomando providências
em relação ao FGTS, à liberação do Fundo de Garantia. Conversei com o
presidente da Caixa antes de vir pra cá”, disse Gleisi a jornalistas durante
visita a Rio Bonito do Iguaçu, município paranaense mais atingindo pelo desastre
climático.
A ministra acrescentou que o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) também foi mobilizado e está tomando
providências no sentido de auxiliar os beneficiários e de providenciar novos
benefícios também.
Atualmente, o FGTS já conta
com o Saque Calamidade, modalidade que autoriza o cotista a sacar parte do
fundo caso more em município atingido por desastre natural. Para isso, a
calamidade precisa ser reconhecida pelo governo federal e o município ser
habilitado junto à Caixa.
Reconstrução
Gleisi chegou no início da
tarde à cidade que, segundo estimativa da Defesa Civil, teve 90% da infraestrutura urbana comprometida pelos ventos
de até 250 quilômetros por hora. O tornado foi classificado como de nível F3 pelo Sistema
de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).
Segundo a ministra, houve
reuniões entre os governos municipal, estadual e federal para coordenar os
esforços de reconstrução. Ela afirmou que recursos federais estão disponíveis
de imediato para a compra de material para atendimento aos feridos, mas sobretudo
para material de construção.
“A gente tem um apoio
emergencial, mas isso o estado está suprindo”, apontou Gleisi.
“O que o prefeito vai precisar
de ajuda é para reconstrução de escola, unidades de saúde, ajuda pra
reconstruir casa, isso tudo o governo federal tem condição de dar”.
Em paralelo, o governo
mobilizou a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) para
auxiliar no atendimento aos atingidos.
Pelos dados oficiais
divulgados pelo governo estadual, seis pessoas morreram em decorrência do
tornado, cinco em Rio Bonito do Iguaçu e uma em Guarapuava. Mais de 750 feridos foram atendidos por equipes de saúde.
Desalojados e desabrigados
Em levantamento preliminar, a
Defesa Civil contabilizou 1 mil pessoas desalojadas, que foram obrigadas a
deixar suas casas para se abrigar com parentes ou amigos, e 28 desabrigadas,
que não têm onde ficar.
Um abrigo foi montado pelo
governo do Paraná na Casa de Líderes, no município vizinho
de Laranjeiras do Sul, com capacidade para receber 80 pessoas de imediato.
Em Rio Bonito do Iguaçu,
estruturas provisórias foram montadas para fazer a triagem e o cadastro das
pessoas afetadas, bem como um centro para alimentação e outro para o
atendimento a idosos.
“Os cadastros estão sendo
feitos no Ginásio do Bugre, então as pessoas devem se deslocar até lá, fazer um
cadastro dos danos em seus imóveis para poder receber auxílio”, orientou o
secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira.
Agência Brasil

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