Em alusão ao Dia das Crianças,
celebrado neste domingo (12), a Polícia Científica do Rio Grande do Norte faz
um alerta para conscientização sobre os perigos de postar fotos de crianças e
adolescentes nas redes sociais.
A iniciativa chama atenção
para os riscos ligados ao uso indevido de imagens na internet e ao avanço da
Inteligência Artificial (IA), que vem utilizando dados e fotos sem autorização
para treinar algoritmos e gerar conteúdos digitais.
De acordo com um relatório da
Human Rights Watch, divulgado recentemente, mais de 170 imagens de crianças e
adolescentes brasileiros, de dez Estados, foram coletadas na internet e usadas
sem autorização dos responsáveis no treinamento de ferramentas de IA. Essas
fotos foram incluídas em bancos de dados de empresas de tecnologia,
evidenciando a necessidade de maior vigilância sobre o que é compartilhado nas
redes.
Entre os principais riscos
apontados pela Polícia Científica, estão o uso de imagens em fraudes e golpes,
a criação de vídeos falsos (deepfakes) com fins criminosos ou de exploração
sexual, o acesso a grupos que compartilham conteúdos ilegais e o aumento da
exposição de crianças a sequestros, assédios e outras ameaças.
Orientações para pais e
responsáveis
Para reduzir a exposição de
menores na internet, a Polícia Científica do RN recomenda alguns cuidados
práticos:
Ajustar a privacidade das
redes sociais, permitindo acesso apenas a familiares e amigos próximos;
Desativar metadados e
localização antes de publicar fotos;
Evitar divulgar nomes,
uniformes, escolas ou locais que possam identificar a criança;
Utilizar aplicativos seguros,
como o WhatsApp, para envio restrito de imagens;
Evitar mostrar o rosto ou
partes íntimas, preservando a identidade da criança.
Atuação da Polícia Científica
O Setor de Computação Forense
e Audiovisual da Polícia Científica do RN atua na análise e investigação de
crimes cibernéticos, desempenhando papel essencial na identificação e solução
desses delitos, contribuindo para a segurança digital e a proteção da sociedade.
A instituição reforça que
denúncias de crimes virtuais devem ser formalizadas em delegacias para que as
investigações possam ser iniciadas.
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