Foto: Adriano Abreu
O Brasil registra 58 casos
confirmados e 15 mortes por intoxicação por metanol a partir do consumo de
bebidas alcoólicas. Os dados são do balanço do Ministério da Saúde divulgado
nesta sexta-feira (24).
Os números apontam um salto no número de mortes em relação ao último boletim, divulgado na quarta-feira (22), que registrava 10 óbitos – aumento de 50% em dois dias.
De acordo com a pasta, outras
50 ocorrências estão em investigação, enquanto 635 notificações suspeitas já
foram descartadas.
São Paulo continua sendo o
Estado com o maior número de casos: são 44 confirmações e 14 em investigação.
Outros Estados com casos confirmados são Pernambuco (5 ocorrências), Paraná
(6), Rio Grande do Sul (1), Mato Grosso (1) e Tocantins (1).
Em relação aos óbitos, São
Paulo também lidera, com nove mortes. O Estado registrou dois óbitos nos
últimos dias, assim como o Paraná. Pernambuco também teve mais uma vítima fatal
da intoxicação.
Entre as mortes mais recentes
está a do estudante Rafael dos Anjos Martins, que ficou internado por mais de
50 dias em coma no Hospital São Luiz, em Osasco, na região metropolitana de São
Paulo. Ele não resistiu e morreu na quinta-feira (23).
No Paraná, um homem e uma
mulher que estavam internados em Curitiba também morreram na quarta-feira (22)
– os óbitos não entraram no balanço divulgado naquele dia.
Outros nove óbitos seguem em
investigação: quatro em Pernambuco, dois no Paraná, um em Minas Gerais, um no
Mato Grosso do Sul e um em São Paulo. Outras 32 notificações de mortes foram
descartadas.
O metanol é uma substância
tóxica que não pode ser identificada pelo cheiro ou pelo sabor e não provoca
alterações visíveis nas bebidas. Mesmo em pequenas quantidades, pode levar uma
pessoa à morte.
Os sinais de intoxicação
costumam aparecer entre seis e 72 horas após a ingestão e podem ser confundidos
com os de uma ressaca. Os sintomas iniciais incluem dor de cabeça, náuseas,
vômitos, sonolência, falta de coordenação, tontura e confusão mental.
Entre as consequências mais
graves estão dor abdominal intensa, alterações visuais (como visão embaçada,
pontos escuros, sensibilidade à luz ou cegueira súbita), dificuldade para
respirar, convulsões e coma.
Estadão Conteudo
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