"Ou seja, o crime
organizado adulterava o etanol para lucrar, e esse etanol contaminado acabou
sendo usado por falsificadores de bebidas", disse o secretário de
Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, em entrevista coletiva.
Essa linha de investigação
surgiu no rastro do primeiro óbito dos cinco já confirmados no estado. No bar
que a vítima frequentou, foram apreendidas nove garrafas, oito delas com
presença de metanol, variando de 14,6% a 45,1% do conteúdo.
Segundo a Polícia
Técnico-Científica, algumas das garrafas continham apenas metanol, sem presença
de álcool etílico. O órgão informou que 1,8 mil garrafas foram apreendidas
em diversos estabelecimentos. Destas, 300 já foram periciadas, sendo que cerca
de 50% apresentaram de 10% a 45% de metanol.
>>
Siga o canal da Agência Brasil no WhatsApp
Em depoimento, o dono do bar
confessou que havia comprado as garrafas de uma distribuidora não autorizada,
investigada posteriomente e, de acordo com a polícia, utilizava etanol de posto
de combustíveis na fabricação irregular das bebidas. “O falsificador foi no
posto comprar etanol para falsificar a bebida, e o dono do posto vendeu etanol
falsificado com metanol”, explicou Derrite.
No final de setembro,
o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, havia
dito que o problema das contaminações por metanol em bebidas
alcoólicas é “estrutural”, não tendo relação com o crime organizado.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário