Os debates serão abertos às
8h, pelo ministro Gilmar Mendes, relator das ações que tratam da questão, e
contarão com a presença de especialistas em direito trabalhista, representantes
de sindicatos, do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do
Trabalho (MPT) e dos setores empresariais.
Em abril deste ano, o ministro
suspendeu todas as ações sobre o tema que estão em tramitação no país e
convocou a audiência pública. Os processos só voltarão a tramitar após a
decisão da Corte sobre a legalidade da pejotização. A data do julgamento não foi
definida.
Ao determinar a audiência
pública, Gilmar Mendes disse que os debates vão ajudar no exame da questão e
definir balizas para contratação de autônomos e pessoas jurídicas.
Após a decisão do ministro,
entidades que representam magistrados do trabalho e a seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) defenderam a competência da Justiça
do Trabalho para julgar casos envolvendo a pejotização.
Pejotização é um termo usado
para caracterizar contratações de trabalhadores como pessoas jurídicas pelas
empresas. Os PJ, como são chamados, não têm carteira de trabalho assinada.
Essa modalidade ganhou força com a reforma trabalhista, de 2017, que permitiu a
terceirização do trabalho para atividades-fim da empresa.
Desde então, milhares de
processos chegaram às varas da Justiça do Trabalho, e trabalhadores contratados
como PJ passaram a buscar o reconhecimento de vínculo empregatício.
De acordo com o Ministério
Público do Trabalho (MPT), de 2020 a março de 2025, foram ajuizadas 1,2 milhão
de reclamações trabalhistas por causa da terceirização.
Agência Brasil
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