Há quatro semanas, a inflação
oficial do país foi projetada em 4,86%, percentual que cai para
4,29%, quando projetado para 2026, e para 3,90% para 2027.
Em agosto, o país
registrou pela primeira vez, desde agosto de 2024, inflação negativa (deflação de -0,11%), segundo o
Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Com isso, as projeções do
mercado financeiro ficam mais próximas do teto superior (4,5%).
No caso do Índice Nacional de
Preços ao Consumidor (INPC), a deflação foi ainda maior, ficando em -0,21%.
Desde agosto de 2024, quando o INPC ficou em -0,14%, não se registrava deflação
neste índice. O INPC calcula a inflação média do país.
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PIB
A projeção do mercado
financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas riquezas
produzidas no país) éde 2,16% – o mesmo percentual estimado há uma semana.
Há quatro semanas, as
expectativas do mercado financeiro eram de que o PIB brasileiro fecharia o ano
com um crescimento de 2,18%. Para 2026 e 2027, as expectativas também se
mantiveram estáveis, em 1,80% e 1,90%, respectivamente, na comparação com a
semana passada.
Selic
Para alcançar a meta de
inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros
- a Selic.
Pela 13ª semana consecutiva, o
boletim Focus mantém as projeções deste índice em 15% ao ano, mesmo percentual
definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. Para os anos
subsequentes (2026 e 2027), o índice está projetado em 12,25%; e 10,50%,
respectivamente.
O Copom justificou a
manutenção da Selic em 15%, pela incerteza do ambiente externo, “em função
da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos”. Segundo o
comitê, o cenário exige cautela “por parte de países emergentes em ambiente
marcado por tensão geopolítica”.
Também é citado o cenário
doméstico. Para o Copom, os indicadores de atividade econômica apresentam moderação no crescimento, apesar do dinamismo do mercado
de trabalho. A inflação permanece acima da meta.
Quando o Copom aumenta a taxa
básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança.
Os bancos consideram outros
fatores, além da Selic, na hora de definir os juros a serem cobrados dos
consumidores. Entre eles, estão risco de inadimplência, lucro e despesas
administrativas.
Assim, taxas mais altas também
podem dificultar a expansão da economia. Quando a taxa Selic é reduzida, a
tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao
consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade
econômica.
Dólar
Com relação ao câmbio, o mercado
financeiro manteve em R$ 5,50 a projeção da cotação, ao final de 2025. Há
quatro semanas, o Focus estimava que a moeda norte-americana fecharia o ano
cotada a R$ 5,59%
Para 2026 e 2027, as
expectativas do mercado são de que o dólar feche o ano com a mesma cotação: R$
5,60.
Atualmente, a cotação do dólar
está em R$ 5,32.
Agência Brasil
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