O Huol não confirmou quando
tomou ciência do ocorrido nem quando, de fato, aconteceu o erro. Mas afirmou
que apura o caso com rigor. “Todas as providências cabíveis foram imediatamente
adotadas, incluindo a notificação junto aos órgãos competentes, o acompanhamento
clínico integral do paciente, suporte psicológico a familiares e a abertura de
processo interno para apurar responsavelmente toda a cadeia de eventos
relacionados a este transplante, com previsão de conclusão em 60 dias”, disse o
hospital por meio de nota.
A unidade destacou que “desde 1998, o Huol é referência no Rio Grande do Norte
e no Brasil em transplantes de rim e de córnea, tendo realizado 854
procedimentos ao longo de sua trajetória, com uma equipe qualificada em
tratamentos de alta complexidade”. A reportagem procurou a Agência Nacional de
vigilância Sanitária (Anvisa), mas não houve retorno até o fechamento desta
edição. Segundo o Cremern, o paciente que recebeu o rim incompatível apresentou
rejeição, necessitou ser reoperado para retida do órgão, teve o pós-operatório
superado em UTI e atualmente encontra-se na enfermaria.
Em nota, o Conselho pontuou que “acompanha o caso com atenção, reafirma a
importância do cumprimento rigoroso dos protocolos de segurança do paciente e
em especial para transplantes. Destaca-se que falhas institucionais devem ser
investigadas de forma imediata e transparente, visando o aprimoramento contínuo
dos processos assistenciais e a proteção da saúde dos pacientes”, pontuou o
Cremern, frisando que a questão não está relacionada ao que é considerado erro
médico.
“Foi algo que envolveu a administração do processo de transplante”, disse o
Conselho. Segundo informações veiculadas, o erro teria ocorrido porque havia
dois pacientes na fila de espera para transplante renal com nomes parecidos. O
receptor errado foi convocado para a cirurgia e acabou recebendo o órgão, que
não era compatível com o tipo sanguíneo dele. Depois do procedimento, o
paciente sofreu reações e foi para a UTI.
Após as reações, o órgão foi retirado, mas não pôde ser reaproveitado pelo
destinatário correto. O Huol, no entanto, não detalhou como o equívoco teria
ocorrido. O processo de doação de órgãos no estado passa pela Central de
Transplantes do Rio Grande do Norte. A reportagem tentou contato com Rogéria
Medeiros, da Central, mas não houve retorno até o fechamento desta edição.
Tribuna do Norte
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