O dólar comercial encerrou a
sexta-feira (1º) vendido a R$ 5,545, com recuo de R$ 0,056 (-1,01%). A cotação
chegou a R$ 5,62 nos primeiros minutos de negociação, refletindo o anúncio de
tarifas para diversos países pelo governo de Donald Trump, mas despencou após o
anúncio das estatísticas de emprego nos Estados Unidos.
Na mínima do dia, por volta
das 10h30, o dólar chegou a R$ 5,53. A divisa cai 10,27% em 2025.
Diferentemente do câmbio, o
mercado de ações teve um dia de turbulências. O índice Ibovespa, da B3, fechou
aos 132.437 pontos, com recuo de 0,48%. O indicador foi influenciado tanto por
fatores ligados à guerra comercial com os Estados Unidos quanto pelo desempenho
das bolsas em todo o planeta.
Em relação ao mercado de
trabalho norte-americano, a criação de 73 mil vagas formais no país em julho e
o aumento da taxa de desemprego para 4,2% aumentaram as chances de o Federal
Reserve (Fed, Banco Central estadunidense) cortar os juros da maior economia do
mundo a partir de setembro. Juros mais baixos em economias avançadas estimulam
a fuga de recursos financeiros em países emergentes.
A renúncia de uma
diretora-regional do Fed e a demissão da comissária responsável pelo
Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA aceleraram a queda do dólar.
Isso porque os cargos vagos passam a ser ocupados por aliados de Trump,
aumentando as pressões para a queda dos juros básicos estadunidenses.
Na bolsa de valores, a
possibilidade de que o governo Trump sancione instituições financeiras em que o
ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes tem contas bancárias,
noticiada pelo jornal O Globo, fez as ações do Banco do Brasil
despencarem. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de
acionistas) da instituição recuaram 6,85% nesta sexta.
*Com informações da Reuters
Agência Brasil

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