Em entrevista ao portal UOL,
nesta quarta-feira, 2, o presidente do INSS lembrou que o vídeo de Nikolas
sobre as fraudes no INSS tinha informações falsas e gerou preocupação em muitos
aposentados e pensionistas.
“Uma das críticas que eu tenho
foi confundir num vídeo que ele [Nikolas] fez a questão dos empréstimos
consignados com descontos associativos, dizendo que essa questão do desconto
associativo gerou um prejuízo de 90 bilhões de reais. Isso é uma informação
falsa”, diz Waller.
O presidente justifica “se a
ideia for informar, se for transparente, se for colocar limpo, seja quem for,
será bem-vindo”. Ele ainda reforça: “o que a gente não pode ter é, na verdade,
a desinformação, é gerar pânico, gerar ansiedade. Muitos dos nossos brasileiros
ficaram preocupados com o desconto associativo pela desinformação, achando que
todo e qualquer desconto era fraudado, que a sua conta era fraudada”.
Waller também afirmou que,
“para tranquilizar os brasileiros” o governo precisou comunicar 27 milhões de
aposentados e pensionistas de que não haviam descontos associativos, e avisando
que não precisariam contratar advogado.
“Eu amo a transparência, a
transparência verdadeira, a transparência que venha trazer esclarecimento para
a população. Se esse for o objeto, eu acho ótimo, o que não pode ser feito é
desinformação, é uma situação de trazer o espetáculo”, diz o presidente.
Governo respondeu ao vídeo de
Nikolas
Integrantes do governo de Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) e aliados usaram as redes sociais para responder ao
vídeo de Nikolas Ferreira(PL-MG) sobre o escândalo dos desvios no INSS.
Publicada no dia 6 de maio, a gravação do deputado repete o mesmo modelo usado
no vídeo viral de janeiro sobre as mudanças no Pix, e acumulou mais de 134
milhões de visualizações.
Na gravação de pouco mais de
seis minutos, Nikolas (com filtro para deixar a aparência envelhecida) afirma
que o esquema fraudulento é o “maior escândalo da história do Brasil”, faz
acusações sobre o governo Lula não ter tomado medidas para apurar os desvios
bilionários, e defende o ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) – cujo governo também
foi atravessado por fraudes no INSS.
Enquanto a ministra das
Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann o ministro da Advocacia-Geral da União
(AGU), Jorge Messias, e o chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius
Carvalho rebateram as acusações do deputado bolsonarista sem citá-lo nominalmente,
o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) usou o próprio vídeo de Nikolas
como fundo para contestar as afirmações do parlamentar.
Fonte: Estadão Conteúdo

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