“Pretos representam apenas
4,1% dos mestres e 3,4% dos doutores, enquanto pardos somam 16,7% e 14,9%,
respectivamente. Os indígenas correspondem a apenas 0,23% das titulações de
mestrado e 0,3% das de doutorado no período”, descreve nota à imprensa sobre
levantamento do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), uma associação
civil sem fins lucrativos, sediada em Brasília, supervisionada pelo Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Além dos resultados acumulados
em 25 anos 1996 a 2021, o flagrante da desigualdade também é capturado de outra
forma pelo CGEE: “em 2021, enquanto havia 38,9 mestres brancos por 100 mil
habitantes, havia apenas 21,4 entre pretos, 16,1 entre pardos e 16 entre
indígenas. A diferença é ainda mais crítica no doutorado: brancos somavam 14,5
por 100 mil habitantes, ante cerca de 5 por 100 mil para pretos, pardos e
indígenas.”
As disparidades permanecem no
mercado de trabalho, após a conclusão dos cursos entre quem tem a mesma
titulação. “os brancos ainda concentram a maior parte dos vínculos
empregatícios”, assim como permanecem as diferenças de remuneração. “Em 2021,
os mestres pretos recebiam, em média, 13,6% a menos que os mestres brancos.
Entre os doutores, a diferença foi de 6,4%.”
“Quando se analisa a
remuneração, observa-se uma desvantagem significativa, com salários inferiores
aos da população branca, tomada como referência por apresentar as maiores
remunerações entre mestres e doutores”, acrescenta em nota coordenadora do
estudo, Sofia Daher assessora técnica do CGEE e analista em ciência e
tecnologia.
O estudo sobre diversidade
racial está sendo apresentado nesta terça-feira (15) na 77ª Reunião Anual da
Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciênca (SBPC), que acontece em
Recife (PE).
Agência Brasil

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