Os empresários manifestaram
confiança nas negociações conduzidas pelo governo federal e defenderam que
não sejam adotadas medidas de retaliação. A produção industrial e agropecuária já registram uma
série de prejuízos.
Algumas associações chegaram a
defender nesta terça-feira que o Brasil peça adiamento do início
da vigência das novas tarifas, fixado em 1º de agosto pelo presidente dos
Estados Unidos, Donald Trump.
Alckmin destacou que a
intenção do governo é avançar ao máximo dentro desse prazo e alcançar um acordo
antes que o tarifaço se concretize.
"A reunião [com o setor
produtivo] foi muito proveitosa. Ouvimos todos os setores com maior fluxo de
comércio com os Estados Unidos — desde aviação, aço, alumínio, máquinas,
têxteis, calçados, papel e celulose. O que vimos foi um alinhamento em torno da
negociação. Eu trouxe a mensagem do presidente Lula de empenho para rever esta
situação”, afirmou o vice-presidente.
"De janeiro a junho
deste ano, as exportações do Brasil para os Estados Unidos aumentaram 4,37% e
dos Estados Unidos para o Brasil aumentaram 11,48%. Momento em que é recorde a
exportação dos Estados Unidos para o Brasil, quase três vezes mais do que a
nossa exportação, estaremos unidos para reverter essa decisão."
De acordo com o
vice-presidente, o setor produtivo se comprometeu a dialogar com seus parceiros
nos Estados Unidos — compradores, fornecedores e empresas congêneres — para
negociar o prejuízo bilateral causado pelas tarifas.
"É uma relação importante
que repercute também nos Estados Unidos, podendo encarecer produtos e encarecer
a economia americana. É uma oportunidade, inclusive, para abrirmos espaço para
novos acordos comerciais", destacou.
Novos mercados
O ministro da Agricultura e
Pecuária, Carlos Fávaro, também participou da reunião com as lideranças do
setor agropecuário. Ele lembrou que desde o primeiro dia do governo do
presidente Lula uma as missões dadas é a ampliação dos mercados para a
agropecuária brasileira.
"Isso foi feito de forma
intensa. Foram 393 novos mercados abertos", destacou Fávaro, que considera
importante todos os esforços para manter as vendas para os Estados Unidos.
Até o anúncio do tarifaço, a expectativa do setor pecuário era de que este ano
as exportações de carne dobrassem. "O diálogo está aberto na
parte brasileira, mas com respeito à soberania e muita altivez."
Agência Brasil

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