Lula destacou a importância da
ferrovia para as cadeias produtivas da região e afirmou que o Nordeste precisa
ter a chance de progredir.
“O Nordeste precisa dessa
obra. O Nordeste não quer ser mais tratado como se fosse a parte pobre do
Brasil. O Nordeste precisa ser respeitado”, disse.
Lula falou sobre as
dificuldades para dar andamento ao projeto, lançado em 2006, em seu segundo
mandato na Presidência da República, e afirmou que quer inaugurar a
Transnordestina antes do fim do atual mandato, em 2026.
“Todo dia tinha um problema.
Era um problema na Justiça, era um problema no meio ambiente, era um problema
de dinheiro. Essa estrada foi, foi, foi, e eu imaginava que ela fosse acabar em
2012. Eu saí em 2010, voltei à Presidência 15 anos depois, e essa ferrovia
tinha andado muito pouco. Aliás, já não havia mais interesse de fazer essa
ferrovia. Eu assumi a responsabilidade de que nós vamos concluir essa ferrovia,
custe o que custar”, acrescentou.
Dos novos aportes do governo
federal, R$ 600 milhões serão liberados pelo Fundo de Desenvolvimento do
Nordeste (FDNE) nos próximos meses e R$ 816 milhões a partir do leilão de
desinvestimento e liquidação do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor).
O orçamento total do
empreendimento chega a R$ 15 bilhões, dos quais, R$ 8,2 bilhões já realizados,
entre recursos públicos e privados. Ao citar os valores aplicados, o governo
destacou que o retorno anual estimado da ferrovia no Produto Interno Bruto (PIB,
soma de todos os bens e serviços produzidos) do Semiárido é de até R$ 7
bilhões.
Atualmente, 280 quilômetros de
obras de infraestrutura estão em execução na Transnordestina, gerando mais de 4
mil empregos diretos e envolvendo mais de R$ 4 bilhões em contratos assinados.
No total, a ferrovia tem 1.209 quilômetros de extensão e passa por 53
municípios; de Eliseu Martins, no Piauí, vai até o Porto do Pecém, no Ceará,
passando por Salgueiro, em Pernambuco.
O início da operação da
ferrovia está previsto para o final deste ano, em fase de comissionamento, com
os primeiros transportes de cargas saindo do Terminal Intermodal de Cargas do
Piauí até a região centro-sul do Ceará e a algumas regiões de Pernambuco.
Soja, farelo de soja, milho e
calcário estão entre os principais produtos a serem transportados.
Agência Brasil

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