“O Pix é uma infraestrutura
pública de pagamento, e não um produto comercial, que favorece a competição e o
bom funcionamento do sistema de pagamentos e consequentemente da atividade
econômica, sendo um modelo aberto”, disse a entidade, em nota.
“Portanto, não há qualquer
restrição à entrada de novos participantes, sejam eles de qualquer porte e/ou
procedência, desde que operem no mercado nacional, já que é um sistema de
pagamentos local e em reais, a moeda brasileira”, acrescentou a Febraban.
O Pix é um dos alvos dos
Estados Unidos, que iniciaram na última terça-feira (15), uma investigação
contra práticas comerciais do Brasil supostamente “desleais”. As críticas
estadunidenses ao sistema de pagamento brasileiro podem ser explicadas pela
concorrência com Whatsapp Pay e bandeiras de cartão de crédito
norte-americanas, e por ter se tornado uma alternativa ao dólar em algumas
transações internacionais.
A medida foi anunciada pelo
representante de Comércio dos Estados Unidos, Jamieson Greer, em documento
chamado “Investigação da Seção 301 sobre Práticas Comerciais Desleais no
Brasil”. Não há menção direta ao Pix, mas o texto cita os “serviços de pagamento
eletrônico do governo”.
“Acreditamos que a observação
feita pelo USTR [Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos]
deve-se mais a uma informação incompleta acerca dos objetivos e funcionamento
do Pix. Temos boa expectativa de que, no âmbito do sistema de audiência pública
aberto pelo USTR, as contribuições do Banco Central do Brasil, dos integrantes
do sistema bancário brasileiro, incluindo os bancos americanos, vão ajudar no
esclarecimento das restrições levantadas no documento inicial daquele órgão dos
EUA”, diz o texto da Febraban.
O Pix é um meio de pagamento
que está disponível para todos os residentes no Brasil, brasileiros e
estrangeiros, pessoas físicas e empresas, que têm como único requisito a
abertura de uma conta em um banco, numa fintech ou numa instituição de
pagamento.
A ferramenta de pagamento é
gratuita para as pessoas físicas, mas pode ser cobrado das empresas, sem
qualquer discriminação entre empresas brasileiras e estrangeiras.
Hoje, a plataforma tem 168
milhões de usuários e movimenta cerca de R$ 2,5 trilhões por mês.
Agência Brasil

Nenhum comentário:
Postar um comentário