“Os estabelecimentos se
preparam muito para essa data e, diante, do forte movimento, fazem essas
contratações extras”, pontua Thiago Rocha. É o que vai ocorrer no restaurante
de Fernanda Amorim, em Lagoa Nova, na zona Sul de Natal. Para encarar a alta demanda,
ela já contratou seis pessoas (dois garçons, uma pessoa para dar apoio na
cozinha e outra no salão). “É um dia muito movimentado, que melhora ano após
ano. A gente espera um incremento no faturamento de 50%. Por ser uma data
especial, as mães não querem perdê-la cozinhando”, afirma a proprietária.
No restaurante que Diego Lins trabalha, também em Lagoa Nova, serão quatro
funcionários extras já a partir do sábado (10). A expectativa é de aumentar o
faturamento em até 15%. “O Dia das Mães é muito forte. Aqui nós estamos
apostando em um cardápio variado, mas com toque de vó ou mãe, para que as
famílias se sintam abraçadas, como se estivessem provando da comida de casa”,
afirma Lins. Segundo a pesquisa da Abrasel, 8% dos estabelecimentos esperam
aumentar entre 21% e 30%, e para 8% a alta pode passar de 30%.
Outros 14% esperam faturar o mesmo que em 2024, e 4% acreditam que haverá queda
no faturamento. Thiago Rocha, presidente da Abrasel no RN, diz que, por conta
da data, os clientes costumam ficar mais tempo na mesa e o movimento gira mais
lentamente, o que pode acabar impactando no faturamento de algumas empresas.
“Por isso que, para algumas casas, esse decréscimo deve ser observado. Para a
maioria, no entanto, a perspectiva é muito boa. Tem estabelecimento que espera
dobrar o faturamento. As empresas compram mais insumos, abastecem as câmaras
frias, freezers e estoques, porque sabem que esse é um dia de movimento intenso
”, comenta Rocha.
A pesquisa foi realizada em abril passado e trouxe outra notícia que foi bem
recebida pelo setor: o registro de queda de oito pontos percentuais no número
de empresas trabalhando com prejuízo em comparação ao mês anterior. No balanço
de março, 22% dos estabelecimentos ainda trabalharam em prejuízo (contra 30% em
fevereiro), 39% das empresas registraram equilíbrio financeiro, enquanto 38%
apresentaram lucro.
Apesar do otimismo, os empresários enfrentam desafios para ajustar os preços
dos menus por conta da inflação, indica a Abrasel. Apenas 38% dos
estabelecimentos conseguiram ajustar os valores, enquanto 33% não conseguiram
realizar nenhum reajuste e 21% fizeram algum reajuste, mas abaixo da inflação.
Somente 8% disseram ter aumentado preços acima do índice geral de inflação. Em
relação ao endividamento, 37% dos estabelecimentos acumulam pagamentos em
atraso, sendo os impostos federais e estaduais os principais débitos.
Tribuna do Norte

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