A abertura do evento,
realizada no plenário da ONU, contou com a presença da ministra da Igualdade
Racial, Anielle Franco, representando o governo brasileiro. Em seu discurso,
Anielle chamou as nações a se unirem na luta contra o racismo, pregou justiça
climática para as populações afrodescendentes e destacou a Aliança Global
contra a Fome e a Pobreza, lançada como proposta do Brasil durante a Cúpula do
G20, em 2024.
"Promover igualdade
racial também é fomentar riqueza, autonomia e geração de oportunidades para
quem historicamente foi empurrado para as margens da economia", afirmou a
ministra.
Anielle Franco lembrou que, em
dois anos, o Brasil atingiu o maior patamar de presença de profissionais negros
na administração pública federal, o que também é consequência da
transversalidade como princípio permanente das políticas públicas do Estado.
"A igualdade racial
atravessa todos os campos da vida: saúde, educação, segurança pública,
esportes, moradia, ciências e cultura".
O 4° Fórum terá como tema
central a "África e Pessoas Afrodescendentes: Unidos pela Justiça
Restaurativa na Era da Inteligência Artificial". O tema se refere à
necessidade de reparação dos legados históricos da escravização africana e do
colonialismo, assumindo urgência na era digital, e se concentrará nas
contribuições dos principais atores para a formação e o avanço da agenda global
com foco na justiça restaurativa.
O evento vai até o dia 17 de
abril.
Entre os debates previstos
estão questões sobre os direitos humanos das mulheres e meninas
afrodescendentes numa perspectiva interseccional, levando em conta raça e
gênero nas agendas globais da justiça restaurativa e digital.
Outro debate previsto inclui a
elaboração de políticas para lidar com o racismo sistêmico e a construção de
sistemas de inteligência artificial "éticos e inclusivos", com
garantia de proteção dos direitos de pessoas afrodescendentes.
Agência Brasil

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