Além de agradecer o apoio de
universidades e entidades representativas da sociedade civil, o documento
reforça compromissos com a democracia, os direitos humanos, a liberdade de
imprensa e de expressão.
Os principais debates do
encontro, citados na carta, dizem respeito à defesa da obrigatoriedade do
diploma de jornalismo para o exercício da profissão, a regulamentação das big
techs, o combate às fake news, o papel do jornalismo na batalha de ideias e a
importância do jornalismo comunitário.
Segundo a ABI, esses
temas podem ser resumidos na ideia de que “sem jornalismo não há democracia”.
“O jornalismo é, ele próprio,
um direito. Quando ele se ausenta, a democracia deixa de existir”.
Desertos de notícias
A ABI destacou as regiões com
pouca ou nenhuma cobertura jornalística, chamadas de desertos de notícias. A
situação torna esses territórios ambientes propícios à desinformação e à
disseminação de notícias falsas. Investimento na produção de conteúdos
informativos locais seria uma saída para garantir o direito à comunicação,
defende a entidade.
A entidade também abordou a
necessidade de regulação e responsabilização das big techs, o que chamou de
“tarefa civilizatória”. O entendimento é de que não há razoabilidade para
faturamento com discurso de ódio e conteúdos criminosos.
A ABI alerta para o que chamou
de transformação dos meios de comunicação em verdadeiros “partidos políticos”,
alinhados com os setores mais conservadores da sociedade.
A leitura é de que o
enfraquecimento de grandes empresas tradicionais refletiu no quase
desaparecimento das reportagens. O espaço, então, teria sido ocupado nas
redes sociais pela extrema direita.
A ABI fala em uma perspectiva
sombria da comunicação no Brasil “dominada pela mídia comercial e ameaçada
pelas plataformas digitais, as big techs e os influencers, que
impedem a divulgação da verdade”.
A saída, segundo a entidade, é
o fortalecimento da comunicação e dos comunicadores comunitários, populares e
independentes. A defesa é que eles têm noção da responsabilidade política
e social da comunicação, que permitem uma aproximação vida real do povo.
Agência Brasil

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