Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
O Ministério da Saúde anunciou
neste domingo (30) um investimento de R$ 9,8 bilhões em ações de adaptação no
Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo a construção de novas unidades de saúde
e a aquisição de equipamentos resilientes às mudanças climáticas.
Em nota, a pasta informou que as iniciativas integram o AdaptaSUS, plano apresentado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, com estratégias que preparam a rede para enfrentar impactos das mudanças climáticas.
No 14º Congresso Brasileiro de
Saúde Coletiva (Abrascão), onde o anúncio do investimento foi feito, o ministro
da Saúde, Alexandre Padilha, classificou a crise climática como um problema de
saúde pública e destacou que, em todo mundo, um em cada 12 hospitais paralisa
suas atividades por causa de eventos climáticos extremos.
Durante o evento, o ministro
lançou o Guia Nacional de Unidades de Saúde Resilientes, que orienta sobre a
construção e a adaptação de unidades básicas de saúde (UBS), unidades de pronto
atendimento (UPA) e hospitais, de forma que as estruturas possam resistir a
eventos climáticos.
O documento, segundo a pasta,
passa a integrar projetos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC
Saúde), com diretrizes sobre estruturas reforçadas, autonomia de energia e
água, inteligência predial e padrões de segurança.
Também foi instalado um grupo
técnico responsável por detalhar as diretrizes de resiliência, formados por
especialistas do próprio ministério, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Organização Panamericana
da Saúde (Opas) e de conselhos de saúde.
Ética em pesquisas
Ainda durante o congresso, o
ministério apresentou a criação da Instância Nacional de Ética em Pesquisa
(Inaep). A proposta é modernizar o sistema brasileiro de avaliação ética em
estudos com seres humanos.
A nova estrutura, de acordo
com a pasta, agiliza análises, reduz duplicidades, define critérios de risco e
regula biobancos, “aproximando o Brasil das melhores práticas internacionais e
ampliando sua participação na pesquisa clínica global”, avaliou o ministério.
Tribuna do Norte

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