No mês de agosto, já com o
início do tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil, a receita de vendas
recuou 5,6% em relação ao mesmo mês de 2024 e atingiu R$ 26,5 bilhões.
“Esse desempenho na receita do
setor veio em linha com as expectativas. Para os próximos meses a tendência é
de manutenção da desaceleração, reflexo da política monetária contracionista e
agravada pelo tarifaço sobre os produtos da indústria de máquinas e
equipamentos”, disse a entidade, em nota.
De janeiro a agosto, a receita
das vendas internas do setor somou R$ 153,2 bilhões, 12,7% superior ao
registrado no mesmo período do ano passado. Já as exportações do setor
totalizaram US$ 8,3 bilhões nos oito primeiros meses de 2025, uma leve queda de
0,1% na comparação com o mesmo período de 2024.
“Apesar da estabilidade,
houve, entre os grupos de produtos exportados, incremento nas vendas de
máquinas agrícolas, de máquinas para bens de consumo não duráveis e de
componentes. O maior crescimento ocorreu nas vendas para os países da América
do Sul e em maior escala na Argentina, Chile e Peru”, apontou a entidade em
nota.
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Mudança nas exportações
Segundo a associação, no
acumulado de 2025, houve mudanças importantes nos principais destinos das
exportações brasileiras de máquinas e equipamentos. As vendas para a América do
Norte caíram 9%, enquanto a Europa e a América do Sul cresceram 11,6% e 17,2%,
respectivamente.
Na América do Sul, o destaque
foi a Argentina, com aumento de 47,2% nas exportações, puxado pela ampliação
das vendas de máquinas para agricultura (+82,8%) e para construção civil
(+80,1%).
Para os Estados Unidos, que
representaram 25,9% das exportações do setor no acumulado de 2025, até agosto,
houve queda de 7,5% nas vendas, principalmente devido à retração na demanda por
máquinas para construção civil (-14,9%). Em 2024, as vendas para os EUA
representaram 26,9% do total das exportações do setor.
Já as importações mantiveram a
trajetória de crescimento, somando US$ 21,1 bilhões de janeiro a agosto, alta
de 9,1% em relação a igual período em 2024.
As importações do mês de
agosto tiveram como principal origem a China (30,6% do total), que registrou
acréscimo de 12,9% nas suas vendas para o Brasil em relação ao mês de julho. No
acumulado do ano, até agosto, a China também permanece como a principal origem
das importações, tanto em participação (31,8% do total) como em taxa de
crescimento (+18,0%) em relação a 2024.
Agência Brasil
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