O Rio Grande do Norte
consolidou novas ações de incentivo ao desenvolvimento do setor de energias
renováveis durante a Brazil Windpower, maior evento do setor na América Latina,
que ocorre até esta quinta-feira (30), em São Paulo. Líder nacional em geração
eólica com 32% da produção do país, o estado ampliou parcerias estratégicas
para impulsionar projetos de eólica offshore, inovação tecnológica e
qualificação profissional.
Em palestra na abertura do evento, a governadora Fátima Bezerra destacou o papel do setor no avanço da economia de baixo carbono. “Estamos vivenciando um momento estratégico que antecede a COP30. O Brazil Windpower reforça o protagonismo da energia eólica na construção de uma economia mais sustentável e de baixo carbono”, afirmou.
Fátima também participou da
assinatura da Carta de Coalizão dos Projetos-Piloto de Eólicas Offshore no
Brasil, ao lado de representantes da Associação Brasileira de Energia Eólica
(ABEEólica) e governadores do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Para ela,
a iniciativa “é essencial para o desenvolvimento da tecnologia offshore no
Brasil”, pois fortalece a criação de novos empreendimentos com geração de
empregos.
A coalizão engloba três
projetos distintos: a construção de torre com plataforma fixa no Porto de Areia
Branca (RN); plataforma em águas profundas próxima ao porto de Rio Grande (RS);
e plataforma fixa no Porto do Açu (RJ). A união dos três projetos em um mesmo
pacote visa facilitar o apoio de órgãos federais, como os ministérios de Minas
e Energia e da Pesca, e o Ibama, para acelerar estudos e liberações
necessárias.
O secretário de
Desenvolvimento Econômico do Estado (SEDEC/RN), Alan Silveira, reforçou a
importância do ato. “Fortalece os projetos e amplia o trabalho e parceria para
captação de recursos. Temos trabalhado outros projetos para estimular o setor,
como o porto indústria verde e o de eficiência energética”, disse.
Ainda no evento, foi firmado
um novo termo de cooperação entre o Instituto SENAI de Inovação em Energias
Renováveis (ISI-ER) e a Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), que
prevê a instalação de uma base tecnológica em Areia Branca para pesquisas e
formação profissional no setor. A governadora ressaltou o impacto regional do
empreendimento: “Imagine o ganho disso para Areia Branca, para o Rio Grande do
Norte, o Nordeste e o Brasil”.
O diretor do SENAI-RN e do
ISI-ER, Rodrigo Mello, destacou o pioneirismo do projeto-piloto de eólica
offshore. “Nós estamos projetando um espaço para o gerenciamento da implantação
da nossa planta-piloto – o primeiro projeto de energia eólica offshore do
Brasil a receber licença prévia do Ibama”, afirmou. Ele acrescentou que o
objetivo é “capacitar pessoas e empresas, com vistas ao desenvolvimento de
recursos humanos e de uma cadeia nacional de fornecedores”.
O espaço no litoral potiguar
servirá como base para pesquisas oceânicas, monitoramento dos ventos e
desenvolvimento de tecnologias para transmissão de energia subaquática. Com
atividades previstas para o próximo ano, a planta-piloto deverá abastecer o Porto-Ilha
com energia renovável após sua implantação.
Tribuna do Norte

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