“Posso afirmar que o
secretário-geral está profundamente preocupado com o grande número de vítimas
durante a operação policial realizada ontem nas favelas do Rio de Janeiro”,
afirmou Dujarric, em comunicado divulgado nesta quarta-feira (29).
O governo do Rio informou
que 119 pessoas morreram durante a ação, que mobilizou forças
estaduais e federais. O Ministério Público do Estado (MPRJ) acompanha os
desdobramentos e a legalidade das medidas, em cumprimento à decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) que impõe restrições às operações em comunidades.
A operação tem sido denunciada
por familiares
das vítimas, organizações
da sociedade civil e pela Anistia
Internacional, que classificaram o episódio como massacre e cobraram
respostas do Estado.
A Anistia afirmou que o alto
número de mortes é “inaceitável” e pediu uma apuração independente e célere
para garantir justiça e reparação. Entidades locais também denunciaram que
moradores ficaram presos dentro de casa, sem acesso a transporte, escolas ou
unidades de saúde durante a incursão.
Especialistas ouvidos
pela Agência Brasil classificaram a Operação Contenção como uma das
mais letais da história recente do país e afirmaram que a população ficou “na
linha de tiro”. Para eles, o uso massivo da força expõe a persistência de
estratégias que resultam em mortes em larga escala e impactam, sobretudo,
moradores de territórios vulneráveis.
O governo
fluminense justificou a ação como resposta a ataques de grupos armados
e disse que atua para restabelecer a segurança pública. A Secretaria de Estado
da Polícia Militar informou que as forças policiais foram recebidas a tiros nas
comunidades.
Agência Brasil

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